Brasília, Brasil, 23 de janeiro de 2018 - O Representante da FAO no Brasil, Alan Bojanic, participou nesta terça-feira (23), em São Paulo, da Conferência Internacional Fertilizer Latino Americano, que reúne durante três dias profissionais representantes dos maiores compradores de fertilizantes e fabricantes da América Latina.  A Fertilizer Latino Americano acontece todos os anos com a participação de mais de 650 participantes de mais de 50 países da região.

No evento, Alan Bojanic participou do painel sobre desenvolvimento da agricultura e demandas por fertilizantes no Brasil, destacando o crescimento e mercados da agricultura brasileira.

Em termos de produção mundial, segundo dados da FAOSTAT, em 2016 o Brasil era o segundo maior produtor mundial de soja; o terceiro maior produtor de milho; e o nono na produção mundial de arroz.

Quanto à agricultura brasileira, a colheita do ano de 2017 alcançou 232 milhões de toneladas de grãos. O agronegócio representa mais de 30% das exportações totais. A agricultura teve um papel de amortecedor, durante um crescimento fraco do PIB. Além disso, o setor agrícola fornece metade da demanda de energia do país.

A produção agrícola mais do que duplicou desde 1990. Nos últimos anos, também houve uma redução rápida da pobreza e da fome, com melhor acesso aos alimentos por meio de grandes programas sociais.

Como tendências para o Brasil, se destacam o aumento da demanda por produtos em que o país tem vantagem comparativa (carne e cereais); e importância crescente do mercado asiático e, potencialmente, do mercado africano.

Agricultura sustentável

Alan Bojanic também destacou a produção agrícola sustentável. O Representante da FAO no Brasil ressaltou o guia da FAO  ‘Save and Grow’, que aborda este tipo de produção para as principais culturas de segurança alimentar do mundo: milho, arroz e trigo. Com exemplos da África, da Ásia e da América Latina, mostra como os sistemas agrícolas baseados em ecossistemas estão ajudando os pequenos agricultores a aumentar a produtividade dos cereais, fortalecer seus meios de subsistência, reduzir a pressão sobre o meio ambiente e construir a resiliência às mudanças climáticas.

Para a produção sustentável de cereais, destacou agricultura de conservação, solo saudável, culturas e variedades melhoradas, gerenciamento eficiente da água e controle integrado de pragas.