Ações brasileiras de combate ao ZIKA são avaliadas por agência de saúde da ONU
Representante da FAO no Brasil acompanha visita oficial da diretora-geral da OMS e da OPAS ao Brasil
Brasília – A diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margareth Chan e a diretora da Organização Pan-americana de Saúde (OPAS), Carissa Etienne estão no Brasil para uma visita oficial. O objetivo é conhecer de perto as ações que o país tem adotado para combater a infecção pelo vírus zika e suas possíveis consequências.
O representante da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) no Brasil, Alan Bojanic acompanhou a chegada das diretoras e disse que os dois organismos de saúde da ONU e a FAO estão empenhados para trabalhar em conjunto e apoiar os principais países afetados com o surto de zika.
“Essa é uma luta que todos devem se engajar. Temos que evitar a reprodução e a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como a dengue, chikungunya e o zika. A FAO está trabalhando com a OMS no sentido de recomendar e propor alternativas que visem o controle dos mosquitos como uma das medidas de defesa mais imediata”, ressaltou Alan Bojanic.
No Brasil, as representantes da OMS e OPAS vão visitar o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (CENAD) e o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP) em Pernambuco, um centro de pesquisa clínica especialista em atendimento a gestantes com zika e bebês nascidos com microcefalia. Também vão se encontrar com a presidente da República, Dilma Rousseff e outros ministros de estados.
Emergência de saúde pública internacional
Em 1º de fevereiro de 2016, a OMS declarou que os casos de microcefalia e as complicações neurológicas associadas à infecção pelo vírus do zika representam uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional.
Em um comunicado publicado recentemente o diretor-geral da FAO, José Graziano disse que a Organização está pronta para contribuir com os esforços contra o zika. “A FAO, com os seus recursos e capacidade técnica, está preparada para fazer o que lhe compete para dar resposta a esta emergência que continua a se alastrar”, informou José Graziano da Silva.
Um dos pontos recomendados pela FAO é o uso consciente de inseticidas para garantir a segurança humana e para proteger a cadeia dos alimentos da contaminação. Por meio de um programa em conjunto com a OMS, a FAO desenvolveu uma série de recomendações sobre a boa gestão do uso de inseticidas. Por exemplo, é importante o uso de pesticidas de alta qualidade, misturados de acordo com as instruções do fabricante, para promover igualmente a eficácia e a segurança.
“O custo humano desta emergência é potencialmente devastador e devemos trabalhar em conjunto para garantir que tudo será mantido sob controle”, enfatizou Graziano da Silva.