FAO no Brasil

Sete países se reúnem para debater ações de fortalecimento para o setor algodoeiro

Foto: Aurelie Duray/FAO
29/08/2017

Argentina, Brasil, Bolívia, Colômbia, México, Paraguay e Peru discutiram temas como o controle do bicudo do algodoeiro, a pesquisa, o desenvolvimento sustentável do algodão, entre outros temas, durante a reunião da Associação Latino-Americana de Pesquisa e Desenvolvimento do Algodão (ALIDA).

Fotalecer o setor algodoeiro, em especial as ações de pesquisa para o controle e a erradicação do bicudo do algodoeiro, praga “silenciosa” que afeta os produtores de algodão dos países latino-americanos. Este foi um dos temas debatidos por representantes dos governos e pesquisadores do setor de sete países da região, durante a XIV Reunião da Associação Latino-Americana de Pesquisa e Desenvolvimento do Algodão (ALIDA), que ocorreu nessa segunda-feira (28), em Maceió, Alagoas.

Para a coordenadora regional do projeto +Algodão, Adriana Gregolin, a reunião foi uma grande oportunidade de intercâmbio de conhecimentos entre os países, em especial, sobre o controle do bicudo do algodão. Além disso, foi possível planejar ações em conjunto para a ALIDA 2017/2018. “O projeto +Algodão tem um especial interesse que esta rede fomente programas de pesquisa em algodão na região para a sustentabilidade no setor”, salientou Adriana.

Segundo a coordenadora geral de Cooperação Técnica Trilateral com Organismos Internacionais da Agência Brasileira de Cooperação (ABC/MRE), Cecilia Malaguti: “a ALIDA poderia atuar com um importante instrumento para o fortalecimento do setor algodoeiro na América Latina e no Caribe”. Ela ainda disse que a identificação de ações que sejam importantes para desenvolver a produção do setor na região continuará no âmbito do projeto +Algodão.  

Por sua vez, Sebastião Barbosa, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), disse que reunião foi uma oportunidade para “trabalharmos juntos para o desenvolvimento da pesquisa no setor algodoeiro”. Barbosa destacou a necessidade de investimento em pesquisa, tecnologia e conhecimentos para acesso dos agricultores.

A ALIDA foi fundada em 1986 com o objetivo de promover a cooperação para o desenvolvimento da atividade produtora de algodão na América Latina, favorecendo o intercâmbio de conhecimentos e experiências em pesquisa, produção, comercialização, entre outros.

Nesta edição da reunião da Associação, os temas presentes foram: o fortalecimento dos programas sobre o controle do bicudo do algodão, a conscientização de produtores e técnicos por meio capacitações, o acesso a informações, intercâmbios de experiências e mercados, entre outros.

Adriana Gragolin propôs a inclusão do tema do bicudo do algodão entre os temas da segunda edição do curso on-line do projeto +Algodão. “Também sugiro que os países incluam o tema do controle dessa praga algodoeira em seus eventos científicos para incrementar a discussão”, aconselhou Adriana.

Lorena Ruiz, do Comitê Consultivo Internacional do Algodão (ICAC), enumerou desafios para o setor algodoeiro na região, tais como o acesso à maquinários, variedades para sementeiras, comercialização/acesso a mercados e políticas setoriais/governo. 

A XIV Reunião da Associação Latino-Americana de Pesquisa e Desenvolvimento do Algodão (ALIDA) foi organizado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e a Agência Brasileira de Cooperação (ABC/MRE), por meio do projeto +Algodão; do Comitê Consultivo Internacional do Algodão (ICAC) e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

O projeto +Algodão é realizado desde 2013 pela FAO, ABC/MRE e pelos países parceiros no âmbito do Programa de Cooperação Internacional Brasil-FAO para o fortalecimento do setor algodoeiro por meio da Cooperação Sul-Sul. Os países membros são: Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru e Haiti.