Brasília, 24 de julho de 2018 - Como parte das atividades do Grupo Temático de Gênero, Raça e Etnia da ONU Brasil, foi promovida nesta terça-feira uma roda de diálogo para representantes das agências, em ocasião do Dia Internacional da Mulher Afro latino-americana, Caribenha e da Diáspora. Participaram do diálogo a Coordenadora Geral da Rede, Dorotea Wilson, e Maria Ines da Silva Barbosa, especialistas no tema. 

Em sua mensagem no encontro, o Coordenador Residente da ONU no Brasil, Niky Fabiancic, destacou que segundo dados do IPEA, no Brasil, as mulheres negras ainda não alcançaram 40% da renda dos homens brancos e ganham cerca de 60% em relação a mulheres brancas. 39,1% das mulheres negras ocupadas estão inseridas em relações precárias de trabalho. 

Visibilidade das mulheres negras da região

A data foi criada e reconhecida pela ONU em 1992, ano em que se realizou na República Dominicana o primeiro Encontro de Mulheres Negras da América Latina e Caribe, com o objetivo de preparar incidência para dar visibilidade às reinvindicações das mulheres negras no processo preparatório da Conferência Mundial sobre a Mulher, realizado em Pequim. Do encontro, foi criada a Rede de Mulheres Afro latino-americana, Caribenha e da Diáspora, que congrega mais de 450 pessoas em cerca de 30 países.