FAO celebra primeiro Dia Internacional da Sanidade Vegetal
Investimento em inovação e divulgação é vital para promover a sanidade vegetal, afirma Diretor-Geral da FAO
Roma – Ao comemorar pela primeira vez o Dia Internacional da Sanidade Vegetal, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) pediu um maior investimento em inovação em uma área crucial para aumentar a segurança alimentar e transformar a forma como nossos alimentos são produzidos, distribuídos e consumidos.
“Neste primeiro Dia Internacional da Sanidade Vegetal, vamos refletir sobre as inovações em sanidade vegetal para a segurança alimentar”, disse o Sr. QU Dongyu, Diretor-Geral da FAO, em seu discurso de abertura, acrescentando que são necessários investimentos em pesquisa, capacitação e divulgação. “Precisamos continuar aumentando a conscientização global sobre a sanidade vegetal afim de transformar os sistemas agroalimentares para que sejam mais eficientes, inclusivos, resilientes e sustentáveis.”
Quatro oradores principais uniram-se às celebrações para discutir a importância da sanidade vegetal: Sr. Antti Kurvinen, Ministro da Agricultura e Florestas da Finlândia, Sr. Mtolo Phiri, Ministro da Agricultura da Zâmbia, Sra. Jenny Lester Moffitt, Subsecretária de Marketing e Programas Regulatórios dos Estados Unidos e o Sr. Carlos Bernardo Cherniak, Representante Permanente da Argentina junto à FAO.
A FAO estabeleceu diversas prioridades para a sanidade vegetal: promover o desenvolvimento e implementação de padrões internacionais para medidas fitossanitárias com o objetivo de proteger os recursos vegetais do mundo facilitando ao mesmo tempo o comércio seguro; maior atenção no manejo sustentável de pragas e pesticidas promovendo a proteção fitossanitária verde e digital; e criar ambientes propícios para a sanidade vegetal melhorando a saúde dos solos, sementes e polinizadores.
A Organização enfatizou que proteger a sanidade vegetal é uma tarefa fundamental e muitos atores têm um papel a desempenhar. Os governos devem dar prioridade à sanidade vegetal e sua gestão sustentável ao formular políticas e legislação; as instituições acadêmicas e de pesquisa devem oferecer soluções baseadas em evidências, e as organizações não governamentais, o setor privado e as organizações que contribuem com recursos devem ajudar a capacitar e fornecer apoio técnico e financeiro para as melhores práticas de prevenção e manejo de pragas e doenças de plantas.
O Dia Internacional da Sanidade Vegetal foi estabelecido após uma decisão adotada em março de 2022 pela Assembleia Geral das Nações Unidas. Foi promovido pela Zâmbia e aprovado por unanimidade em resolução co-assinada pela Bolívia, Filipinas, Finlândia, Paquistão e Tanzânia. O dia é um legado importante do Ano Internacional da Sanidade Vegetal, comemorado em 2020/21. Após a comemoração do primeiro Dia Internacional em 2022, a FAO organizará celebrações todo dia 12 de maio a nível global, regional, nacional e até mesmo agrícola."
A FAO enxerga a data como uma contribuição positiva para combater a fome no mundo, já que até 40% das colheitas de alimentos são perdidas a cada ano devido a pragas e doenças de plantas. Proteger as plantas de pragas e doenças é muito mais econômico do que lidar com emergências fitossanitárias. Uma vez estabelecidas, as pragas e doenças de plantas são muitas vezes difíceis de erradicar e devem ser controladas por meio do manejo sustentável de pragas e pesticidas.
Os cinco objetivos do Dia Internacional da Sanidade Vegetal são: aumentar a conscientização sobre a importância de preservar a sanidade vegetal para cumprir a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, em particular o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 2 (Fome Zero); realizar campanhas destinadas a minimizar o risco de propagação de pragas vegetais através do comércio e viagens, promovendo o cumprimento das normas internacionais de sanidade vegetal; fortalecer os sistemas de monitoramento e alerta precoce para proteger as plantas e a sanidade vegetal; permitir o manejo sustentável de pragas e pesticidas para proteger a sanidade vegetal, protegendo o meio ambiente e promover o investimento em inovações, pesquisa, capacitação e divulgação no âmbito da sanidade vegetal.
A FAO está trabalhando arduamente para ajudar a conter a disseminação de pragas e doenças de plantas transfronteiriças e de quarentena, que aumentaram drasticamente nos últimos anos, complicações influenciadas pela globalização, comércio e mudanças climáticas, bem como pela redução da resiliência nos sistemas de produção devido a décadas de intensificação agrícola.
Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS) relacionados:
- ODS 2 – Fome Zero
- ODS 3 – Boa Saúde e Bem-Estar
- ODS 13 – Combate às Alterações Climáticas