©FAO/Max Valencia

Representantes da CEPAL, FAO, PNUD e UNFPA, além da Coordenadora Residente no Chile, participaram do Quinto Fórum de Meninos, Meninas, Adolescentes e Jovens da América Latina e Caribe 2030 em Santiago.

Santiago do Chile – Representantes de várias agências da Organização das Nações Unidas (ONU) fizeram um chamado para garantir a participação de crianças, adolescentes e jovens da América Latina e do Caribe em todas as etapas de implementação da Agenda 2030 e valorizar suas contribuições para alcançar o desenvolvimento sustentável na região, sem deixar ninguém para trás, durante o Quinto Fórum de Meninos, Meninas, Adolescentes e Jovens da América Latina e do Caribe 2030, realizado em Santiago, Chile, no dia 24 de abril.

A ONU reconhece a liderança dos jovens no processo de cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e está empenhada em continuar apoiando sua participação em todos os níveis de maneira sistemática e inclusiva, afirmaram os representantes.

A reunião foi realizada no âmbito da Sexta Reunião do Fórum dos Países da América Latina e do Caribe sobre Desenvolvimento Sustentável, que começa na terça-feira, 25 de abril, na sede da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), no Chile, e o Fórum da Juventude do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (ECOSOC), que acontece de 25 a 27 de abril em formato híbrido.

Foi inaugurado por María Sujkowska, Ponto Focal Global do Grupo de Meninos, Meninas, Adolescentes e Jovens (NNAyJ) da América Latina e do Caribe e representante da Corporação de Estudos e Desenvolvimento do Norte Grande; e Mario Lubetkin, Vice-Diretor e Representante Regional para a América Latina e o Caribe da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

Posteriormente, realizou-se um painel intergeracional, que contou com a participação de José Manuel Salazar-Xirinachs, Secretário Executivo da CEPAL; María José Torres, Coordenadora Residente do Sistema das Nações Unidas no Chile; Michelle Muschett, Diretora Regional para América Latina e Caribe do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD); e Susana Sottoli, Diretora Regional para América Latina e Caribe do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA).

“Apesar das extremas dificuldades, conseguimos nos manter unidos, resilientes e comprometidos com a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e, sobretudo, com sua missão: que ninguém fique para trás”, afirmou María Sujkowska, do Grupo C NNAyJ.

Desde dezembro, mais de 500 meninos, meninas, adolescentes e jovens, de 7 a 35 anos, provenientes de mais de 20 países da região e pertencentes a diversos grupos, estiveram envolvidos no processo que deu vida ao Fórum, cujas conclusões serão compartilhadas com os Estados membros da CEPAL e apresentadas na Sexta Reunião do Fórum dos Países da América Latina e do Caribe sobre Desenvolvimento Sustentável, no Fórum ECOSOC da Juventude e no Fórum Político de Alto Nível sobre Desenvolvimento Sustentável (realizado anualmente em julho em Nova York), explicou.

“Para mim não há melhor maneira de começar a Sexta Reunião do Fórum dos Países da América Latina e do Caribe sobre Desenvolvimento Sustentável 2023 do que em um evento como este, com a juventude da região, ouvindo e interagindo com suas vozes e perspectivas, que são essenciais para chamar nossa atenção para o que realmente importa, tanto para o presente como para o futuro da região”, disse José Manuel Salazar-Xirinachs, Secretário Executivo da CEPAL.

“O diálogo intergeracional e a participação dos jovens na implementação da Agenda 2030 é verdadeiramente um imperativo. Para gerir com sucesso as sociedades e a democracia, é necessário o envolvimento de todas as partes interessadas", afirmou o mais alto representante da CEPAL, que valorizou a preocupação dos jovens em como acelerar o ritmo para cumprir os ODS em um contexto complexo e carregado de incertezas. “Nas Nações Unidas estamos convencidos de que o caminho a seguir é envolvê-los e criar mais espaços de participação em todos os níveis porque é um trabalho de ação coletiva”, enfatizou.

Mario Lubetkin destacou que “a FAO está trabalhando para fortalecer as capacidades que melhoram os sistemas de produção para que sejam mais resilientes, eficientes e sustentáveis, mas, acima de tudo, mais inclusivos; e o papel da juventude rural é essencial no desenvolvimento dos meios de subsistência de suas comunidades, particularmente aquelas que apoiam o sistema agroalimentar; e onde há maiores níveis de exclusão e vulnerabilidade social, com limitações ao emprego decente e acesso à tecnologia e ferramentas digitais”.

Michelle Muschett disse que “no Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) valorizamos a importância da troca intergeracional de experiências e as contribuições dos jovens para fortalecer o desenvolvimento sustentável da região e enfrentar os desafios atuais como sociedade. Por isso, temos priorizado o fortalecimento institucional da juventude e a promoção de sua participação cidadã nos processos decisórios para a construção de um futuro mais justo e próspero para todos.”

Susana Sottoli, Diretora Regional do UNFPA, destacou que “quando falamos em investir na juventude de forma sustentável, estamos falando da prioridade de investir na adolescência, na infância, na juventude, dentro da distribuição da riqueza de um país” . Hoje, na região, existem mais de 160 milhões de adolescentes e jovens entre 10 e 24 anos: uma em cada quatro pessoas é adolescente ou jovem na região, lembrou. “Isto significa que a maioria dos países ainda vive o que se chama de ‘dividendo demográfico’, uma janela de oportunidade que se fechará em breve, já que a dinâmica que se aproxima é o envelhecimento da população”, afirmou.

María José Torres, Coordenadora Residente do Sistema das Nações Unidas no Chile, referiu-se às palavras da Subsecretária-Geral da ONU, Amina J. Mohammed: “a ONU pertence aos jovens, por isso devem apropriar-se dela e aperfeiçoá-la”. “Continuem trabalhando pelos seus direitos, defendendo a democracia, lutando para participar e fazer deste mundo um lugar melhor. E, para isso, contem com a ONU, que é de vocês”, declarou.

O Fórum foi realizado na sede da FAO no Chile, com o apoio da CEPAL (como contrapartida dos mecanismos juvenis que convocam o Fórum) em coordenação com o Grupo Regional Interagencial de Trabalho sobre Juventude – liderado pelo PNUD e UNFPA – da Plataforma de Colaboração Regional para a América Latina e o Caribe, do qual participam 24 entidades do Sistema das Nações Unidas na região.

Durante o encontro estiveram presentes grupos de trabalho sobre os ODS 6 (Água limpa e saneamento), 7 (Energia acessível e limpa), 9 (Indústria, inovação e infraestrutura), 11 (Cidades e comunidades sustentáveis) e 17 (Parcerias para atingir os Objetivos). , priorizado para o Fórum Político de Alto Nível 2023.