FAO no Brasil

FAO fortalece associativismo na pesca artesanal e na aquicultura

©FAO/Miguel Arreátegui
31/08/2022

Experiências no Brasil, Colômbia e Peru mostram como a associatividade melhora os canais de marketing e os lucros e protege a sustentabilidade. 

Santiago de Chile – A associatividade no setor da pesca e da aquicultura permite melhorar a representação, promover o intercâmbio de experiências e informações e fomentar o acesso e a gestão dos recursos aquícolas e pesqueiros.

A associatividade é essencial para proteger os recursos naturais por meio de uma gestão sustentável, e também é necessária para promover a inovação nas cadeias de valor.

Esses temas, entre outros, foram abordados no webinar Associatividade para o desenvolvimento e inovação da pesca e da aquicultura artesanais na América do Sul, realizado pela FAO.

“A associatividade promove a condição de trabalho decente, aumenta a resiliência das cadeias de valor, promove as mulheres no setor e permite um melhor enfrentamento de riscos e desastres”, explicou Rubén Sánchez, especialista da FAO em pesca artesanal.

Experiências regionais

Durante o webinar, a Rede de Aquicultura das Américas, criada em 2010, relatou como conseguiu contribuir para o desenvolvimento sustentável e equitativo da aquicultura por meio da cooperação.

Até o momento, eles já conseguiram promover fazendas de demonstração, cursos de capacitação e publicaram manuais técnicos para capacitar piscicultores da região.

A rede é composta por Argentina, Belize, Estado Plurinacional da Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, Guatemala, Honduras, Nicarágua, México, Paraguai, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai.

A Rede Mesoamericana de Aquicultores de Pequena Escala, lançada em 30 de agosto de 2022, explicou como vem articulando ações entre Guatemala, Honduras, Costa Rica, El Salvador, República Dominicana e México.

Embora estejam começando, seu objetivo é fortalecer a cooperação e as sinergias com os micro e pequenos piscicultores, para solucionar os problemas que limitam o desenvolvimento sustentável.

Experiências nacionais

No Brasil, na cidade de Jatobá, Pernambuco, e com o apoio da Diocese de Floresta, 26 pisciculturas de tilápia foram implantadas por meio de associações, reforçando a subsistência de 84 famílias, e produzindo em média 14 mil toneladas de pescado anualmente, o maior do estado.

Na Colômbia, o programa “Coseche y Venda a la fija” permitiu formalizar mais de 59 mil pescadores artesanais, trazendo benefícios e melhores preços para cerca de 29 mil produtores dos rios Magdalena, Cauca, San Jorge e Suní.

Peru anunciou seu trabalho de associativismo por meio de três projetos-piloto cooperativos na gestão da pesca artesanal, o que permitiu fortalecer a política de formalização dos pescadores, entregando mais de 900 licenças temporárias de pesca aos membros da cooperativa e endossando práticas de manejo sustentável.

O Ano Internacional da Pesca e da Aquicultura Artesanais 2022

Este ano as Nações Unidas celebram o Ano Internacional da Pesca e da Aquicultura Artesanais 2022, e a FAO é sua principal força motriz, em colaboração com outras organizações e órgãos relevantes do sistema das Nações Unidas.

O Ano Internacional da Pesca e da Aquicultura Artesanais 2022 reconhece a natureza variada da pesca artesanal e da aquicultura, e os diversos atores envolvidos nela, bem como a importante contribuição que dão para a segurança alimentar global, melhor nutrição e a realização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

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