FAO no Brasil

A Conferência Regional da FAO começou com a participação de todos os países da América Latina e do Caribe

©FAO/Max Valencia
28/03/2022

28 de março de 2022, Quito/Equador – A Conferência Regional da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) começou hoje em Quito, Equador, com a presença de representantes de todos os países da América Latina e do Caribe.

A Conferência será uma instância chave para a América Latina e o Caribe transformarem seus sistemas alimentares para torná-los mais eficientes, inclusivos, resilientes e sustentáveis.

Essa transformação é necessária para enfrentar o cenário mais complexo das últimas décadas: os efeitos das mudanças climáticas na agricultura se somam ao rápido aumento dos preços dos alimentos e fertilizantes, agravado pela guerra na Ucrânia. Um quarto da população regional vive em condições de insegurança alimentar, enquanto a pandemia de COVID-19 empurrou 22 milhões de pessoas para a pobreza em apenas um ano, obrigando-as a comprar alimentos de pior qualidade devido à queda na renda.

“Estamos diante de uma tempestade perfeita, por isso a FAO vem afirmando que é necessário transformar o sistema agroalimentar. Isso é fundamental para sair da crise”, explicou o Representante Regional da FAO, Julio Berdegué.

Que a América Latina e o Caribe saiam com sucesso dessa difícil situação é importante além de suas fronteiras: sua agricultura produz alimentos suficientes – em termos de calorias – para alimentar 1,3 bilhão de pessoas. Além disso, a região é a maior exportadora líquida de alimentos do mundo.

Segundo Berdegué, a Conferência da FAO chega no momento certo para os países compartilharem inovações, chegarem a acordos e tomarem medidas decisivas para fortalecer seus sistemas agroalimentares.

“O que acontece nesta região afeta o mundo inteiro. Os passos que dermos durante a Conferência para melhorar a produção, a nutrição, o meio ambiente e a qualidade de vida de nossos habitantes afetarão o futuro do mundo e abrirão caminho para outros seguirem”, explicou Berdegué.

Um roteiro para um novo sistema agroalimentar

Uma das questões centrais que os países membros da FAO debaterão durante a Conferência Regional é o Marco Estratégico 2023-2031, que orientará as ações da Organização e deve ser adaptado às condições e prioridades da América Latina e do Caribe.

Busca promover melhor produção, melhor nutrição, melhor ambiente e melhor qualidade de vida, sem deixar ninguém para trás. Durante a Conferência, haverá sessões especiais dedicadas a cada um desses quatro aspectos, para que os países compartilhem suas inovações, visões e experiências.

O Quadro Estratégico 2023-2031 também coloca uma forte ênfase na digitalização, tecnologia e inovação, como ferramentas para avançar rumo aos quatro melhores.

Temas prioritários

Garantir alimentos saudáveis e nutritivos e uma alimentação melhor para todas as pessoas é uma das questões prioritárias da Conferência, pois dados da FAO indicam que 267 milhões de pessoas na região vivem em insegurança alimentar. 

Os países também explorarão formas de criar sociedades rurais prósperas e inclusivas: “Quase metade de todos os habitantes rurais da região vivem na pobreza, áreas que foram deixadas para trás, apesar de ser precisamente lá onde estão os recursos naturais e a biodiversidade que permite a enorme produção de alimentos da região”, explicou Berdegué.

Outra questão fundamental é a necessidade de promover agricultura e pecuária resilientes e sustentáveis, adaptadas às mudanças climáticas, com menores emissões de gases de efeito estufa e impacto ambiental mínimo.

 O que é a Conferência Regional?

A Conferência Regional é o mais alto órgão de governo regional da FAO. Os países membros se reúnem a cada dois anos e estabelecem as prioridades regionais da Organização para o biênio seguinte.

A 37ª Conferência Regional está sendo realizada em Quito, Equador, e pode ser vista na íntegra online no seguinte link: https://youtu.be/3K-w1HzMDgg 

Estarão presentes o Presidente do país anfitrião –Equador– Guillermo Lasso, o Ministro da Agricultura do Equador, Pedro Álava, Ministros de Estado dos 33 países da região, o Diretor Geral da FAO, QU Dongyu, o Conselho Regional Representante da FAO, Julio Berdegué, especialistas internacionais, membros do setor privado, sociedade civil, sistema das Nações Unidas e mundo acadêmico.

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