FAO no Brasil

FAO quer fortalecer alianças entre a América Latina e o Caribe e a União Europeia para abordar a luta contra a fome e a má nutrição

©FAO/Elio Germani
20/02/2024

A organização em conjunto com a CELAC, instituições da UE, representantes dos Estados membros, parlamentares e atores não estatais se reuniram para discutir novas oportunidades de parceria para a segurança alimentar e a nutrição.

Bruxelas, Bélgica – O Escritório Regional da FAO para a América Latina e o Caribe e o Escritório de Ligação da FAO em Bruxelas organizaram conjuntamente o evento “Nutrindo o futuro: Parcerias fortes para a segurança alimentar e uma melhor nutrição na América Latina e no Caribe”.

O objetivo da atividade de alto nível foi discutir os desafios e oportunidades no âmbito da parceria UE-ALC para a segurança alimentar e para a nutrição, dados os novos e prementes desafios globais, e a atualização do Plano de Segurança Alimentar e Nutricional 2030 da CELAC.

O Vice-Diretor Geral da FAO e Representante Regional para a América Latina e o Caribe, Mario Lubetkin, e o Diretor do Escritório de Ligação da FAO em Bruxelas, Raschad Al-Khafaji, deram as boas-vindas aos representantes da União Europeia, das Embaixadas da América Latina e do Caribe com sede em Bruxelas, do mundo acadêmico e da sociedade civil.

Participaram do encontro o Ministro da Agricultura, Silvicultura, Pesca, Transformação Rural, Indústria e Trabalho de São Vicente e Granadinas e o Presidente pro tempore da CELAC, Saboto César. No seu discurso, destacou a necessidade de trabalhar mais estreitamente com as instituições da UE numa parceria que atraia mais investimento, impulsione o comércio e utilize tecnologias modernas para libertar todo o potencial da região da América Latina e do Caribe.

No seu discurso, Lubetkin destacou a importância do diálogo entre a União Europeia e a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) para fortalecer a cooperação multilateral. Da mesma forma, destacou a urgência de abordar os compromissos internacionais da Agenda 2030 e os complexos desafios para garantir a segurança alimentar.

Neste sentido, Lubetkin destacou o papel da União Europeia (UE) como parceiro fundamental no trabalho da FAO na América Latina e no Caribe. “No âmbito de diversos acordos e programas de cooperação com a UE, estamos desenvolvendo iniciativas muito relevantes para transformar os sistemas agroalimentares. O novo Plano de Segurança Alimentar e Nutricional da CELAC 2030, validado em janeiro pelos Ministros da Agricultura, é uma excelente oportunidade fortalecer e abrir novos caminhos de cooperação entre a União Europeia e a América Latina e o Caribe", disse Lubetkin.

Raschad Al-Khafaji, Diretor do Gabinete de Ligação da FAO em Bruxelas, deu as boas-vindas aos participantes e destacou especialmente o papel da FAO como parceiro estratégico e dedicado a contribuir para os esforços globais para alcançar o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 2 ­– Fome zero. “Dedicamos esta reunião de alto nível à jornada transformadora dos sistemas agroalimentares na região da América Latina e do Caribe, alinhada com a renovação do compromisso internacional da Agenda 2030, e os resultados da Cúpula dos ODS em Nova York em setembro do ano passado”, disse.

Entre os palestrantes estavam S. E. Pedro Miguel da Costa e Silva, Embaixador do Brasil na UE, Junior Lodge, Secretário Geral Adjunto da Organização dos Estados de África, Caribe e Pacífico (OEACP), Ignacio Ybáñez, Enviado Especial para os Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento de o Serviço Europeu de Ação Externa e ex-embaixador da União Europeia no Brasil; e Josep Puxeu Rocamora, vice-presidente do Comitê de Acompanhamento para a América Latina do Comitê Econômico e Social Europeu (CESE).

Nas suas observações finais, Lubetkin expressou o seu desejo de continuar o diálogo dinâmico para a transformação dos nossos sistemas agroalimentares que começou em Bruxelas.

Sobre o Plano SAN CELAC

O Plano de Segurança Alimentar e Nutricional atualizado da SAN CELAC baseia-se em quatro pilares: quadros jurídicos e institucionais, produção sustentável e cadeias de abastecimento, acesso a dietas saudáveis ​​e sistemas agroalimentares resilientes às mudanças climáticas.

A FAO apoiou tecnicamente este processo com a CEPAL, o IICA e a ALADI e incluiu uma construção participativa com contribuições de blocos regionais, parlamentares, academia e sociedade civil.