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Óleo de Babaçu Menire, produzido por mulheres Xikrin, é premiado pela ONU

Elas operam uma miniusina na Terra Indígena Trincheira Bacajá (PA), pressionada por garimpo e roubo de madeira. Em 2018, mais de 1,5 mil hectares foram desmatados ilegalmente

O Óleo de Babaçu Menire, produzido por mulheres Xikrin da aldeia Pot-Krô, Terra Indígena Trincheira Bacajá (PA), recebeu menção honrosa na categoria Empreendimentos Rurais do prêmio "Saberes e Sabores 2018", oferecido pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

Menire significa “mulher” na língua Kayapó. A extração do óleo de babaçu é uma de suas atividades tradicionais (saiba mais aqui). Entre as Xikrin, o óleo é indispensável para uso cosmético e ritual, e a instalação de uma miniusina para extração do produto aumentou o rendimento da produção.

Antes, 20% da amêndoa do coco babaçu era convertido em óleo. Com a miniusina, a conversão em óleo chega a 70%, e o produto final tornou-se uma oportunidade de geração de renda. O volume de produção em 2018 foi de 500 litros. Os trabalhos na aldeia recomeçam em abril.

“As mulheres produziam tradicionalmente o óleo antes da miniusina. Hoje somos nós todas que coletamos o coco na floresta e quebramos ele para tirar a amêndoa. Duas menire – eu Kokoté e minha tia, Panhre – que com apoio de parceiros e da associação de nosso povo – a [Associacao Instituto Bepotire Xikrin] IBKrin, operamos a máquina, gerimos a miniusina e comercializamos nosso produto”, disse Kokoté Xikrin.

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Auteur: Roberto Almeida
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Organisation: Instituto Socioambiental (ISA)
Autres organisations: Associacao Instituto Bepotire Xikrin
Année: 2019
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Pays: Brazil
Couverture géographique: Amérique latine et les Caraïbes
Type: Article
Langue: Brazilian Portuguese
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