Agricultoras do Cerrado: como a fome fez mulheres mudarem assentamento para local fértil e abundante em MS
Sem recursos e “no meio do mato”, a fome assolava a vida de muitas famílias no assentamento Monjolinho, em Anastácio, na região oeste do estado. Isso em meados da década de 80, quando mulheres andavam cerca de 15 km para buscar leite para as crianças.
E foi na dificuldade que as agricultoras, chamadas de "camponesas do Cerrado", criaram a Associação de Mulheres Agricultoras (Amam) e garantiram autonomia financeira e desenvolvimento com produtos típicos da região.
O foco, desde então, passou a ser a colheita de produtos típicos, como o pequi, mangaba, guaraticum, guavira, entre outros. "É de época, deu a fruta nós aproveitamos e entramos também com a parte das hortaliças. Fazemos o pão com o cambaru, bocaiuva, jatobá. O que mais vende é o pão de jatobá e bocaiúva, são os mais procurados. Vendemos as farinhas, processamos tudo.