Programa de Cooperação Internacional Brasil-FAO

Curso virtual sobre alimentação escolar ganha 2ª edição e capacitará cerca de 3 mil profissionais 

Iniciativa da Cooperação Internacional Brasil-FAO será oferecida para seis países

Santiago do Chile, 19 de maio de 2021 - O curso 'Alimentação escolar como estratégia educacional para uma vida saudável', promovido pelo Programa de Cooperação Internacional Brasil-FAO por meio do projeto Consolidação de Programas de Alimentação Escolar na América Latina e no Caribe, ganha uma segunda edição que inicia dia 28 de maio.

Este ano a capacitação será oferecida a seis países - Colômbia, Equador, Guatemala, Peru, Paraguai e República Dominicana - com uma meta de capacitar profissionais cerca de 3 mil profissionais.  

Diante do sucesso e da repercussão positiva da primeira edição junto aos três países que participaram em 2020 - Colômbia, Peru e Guatemala -, a edição 2021 terá duração de 14 semanas (cerca de 90h/aula), abordando uma variedade de conteúdos relacionados os programas de alimentação escolar na região da América Latina e do Caribe.  

Participarão profissionais das áreas de educação, saúde, nutrição, agricultura e políticas públicas dos seis países, que acompanharão as aulas ao vivo e gravadas pelas redes sociais, no canal da FAO no YouTube e no Twitter FAOBrasilCoop

O curso integra as ações da Rede de Alimentação Escolar Sustentável (RAES), promovida pela Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores (ABC/MRE), pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação do Ministério da Educação (FNDE/MEC) e pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO)

Entre os temas abordados pelo curso estarão a garantia do direito humano à alimentação adequada; a segurança alimentar e nutricional e sua relação com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS); a criação de programas de alimentação escolar sustentável; a educação alimentar e nutricional no âmbito da alimentação escolar; e as hortas escolares a partir do enfoque pedagógico. 

A coordenadora do projeto regional, Najla Veloso, explicou que pesquisadores de várias universidades e especialistas do Brasil e de diferentes governos regionais contribuíram para enriquecer o conteúdo do curso, que capacitou quase 1.800 pessoas no ano passado. "Esse tipo de curso é uma potente estratégia para alcance das grandes metas globais porque traz informação e amplia o diálogo sobre esse tema tão importante no momento de pandemia e no pós-pandemia", avalia. 

Veloso comentou o papel da cooperação internacional na realização do curso, destacando o apoio do governo brasileiro no desenvolvimento da estratégia. Ela lembrou que o Programa Nacional de Alimentação Escolar do Brasil, o PNAE, é uma abrangente política de Estado que atende a 41 milhões de estudantes, com marcos legais que estabelecem compromissos com a educação alimentar e nutricional, o respeito à cultura local e a utilização de produtos da agricultura familiar, sendo visto regional e globalmente como uma referência de política social exitosa. 

A voz de quem participou

Flavia Schwartzman, coordenadora pedagógica do curso, contou que muitos participantes da edição passada relataram mudanças no âmbito pessoal e profissional depois que participaram do curso. Citou o dinamismo, a clareza das aulas e a ampla gama de conteúdos como os pontos de destaque da capacitação. O intercâmbio entre os tutores e os estudantes também foi visto como um diferencial do curso de 90 horas e 12 aulas virtuais. 

Para a engenheira de alimentos da Colômbia, Maria Lambraño, que foi aluna em 2020, o curso foi importante para ampliar seus conhecimentos, tanto pelas classes virtuais quanto pelos materiais complementares, como o guia de conteúdos. "A partir do curso, pude definir um estudo de pós-graduação que estou em vias de iniciar. Tinha várias opções, mas gostei tanto do curso que me inscrevi em um mestrado em políticas públicas alimentares e nutricionais", conta. 

Em 2021, nesta segunda edição, os participantes terão acesso a recursos como textos, livro de conteúdo digital, vídeos e outros materiais de comunicação pedagógica para promover a discussão e a reflexão sobre a temática da alimentação escolar. "O curso oferece o que há de mais inovador sobre o tema na região da América Latina", diz Schwartzman.