Bogotá, 23 de novembro de 2020 - No dia 21 de novembro foi realizada a terceira oficina virtual de capacitação dos atores do Sistema Territorial de Inovação: TISERE em Policarpa, Nariño, com a participação de 25 pessoas, entre elas, produtores das associações de produtores de limão tahiti e mandioca do município. A atividade foi coordenada pela corporação Agrosavia e acompanhado pela UMATA.

El proyecto Sembrando Capacidades es ejecutado de forma conjunta por la Agencia Brasileña de Cooperación del Ministerio de Relaciones Exteriores (ABC/MRE), el Ministerio de Agricultura, Ganadería y Abastecimiento de Brasil (MAPA), la Organización de las Naciones Unidas para la Alimentación y la Agricultura (FAO)  y  el Ministerio de Agricultura y Desarrollo Rural de Colombia (MADR) e integra las acciones del proyecto regional América Latina y el Caribe sin Hambre 2025 del Programa de Cooperación Internacional Brasil-FAO.   

O eixo central da oficina foi a governança da água, que abrange a produção de alimentos em agroecossistemas e, também, a vida em geral. O tema foi apresentado pelos profissionais da FAO Colômbia, José Gómez e Oscar Patrón, acompanhado da apresentação da experiência da comunidade na implantação da técnica de captação de água denominada “Jagüeyes” apresentada por Davelis Borja, agricultor familiar pertencente à Associação de Produtores do Corregimento de Cambimba, do município de Morroa em Sucre.

José Gómez apresentou a visão da governança da água como o somatório de ações que contribuem para o bom uso e conservação do recurso e destacou a importância da articulação dos diferentes atores de uma região para a soma de esforços que contribuem para a implementação de tais ações: “O papel relevante da ação conjunta entre as comunidades é fundamental, valorizando os saberes locais e ancestrais, onde são identificadas as ferramentas e técnicas que permitem que o recurso hídrico seja utilizado de forma sustentável”, explicou.

A seguir, o profissional Oscar Patrón explicou as ações e etapas para a construção da técnica de captação de água denominada "Jagüeyes", a partir da experiência do município de Morroa, departamento de Sucre, definindo o processo de planejamento, construção e operação desta técnica de colheita e armazenamento de água: “É necessária confiança entre as comunidades, o planejamento de longo prazo para esta infraestrutura e que as comunidades também sejam supervisoras do projeto”, disse ele. 

Para encerrar a oficina, Davelis Borja, membro da Associação dos Produtores de Cambimba, fez um repasso sobre a experiência relacionada à construção dos “Jagüeyes” e apresentou os desafios que esta organização tem para sua sustentabilidade: “Esse projeto trouxe empoderamento social, a água fez com que nossas famílias reconhecessem a importância e os cuidados que devem ser tomados. A colheita da água é responsabilidade e compromisso do ser humano para que as futuras comunidades possam utilizá-la”. 

Também destacou a necessidade de construção de laços sociais e de integração de diferentes organizações, públicas e privadas, no apoio às iniciativas comunitárias, destacando que estas últimas devem liderar as ações do território, determinando os eixos em que se baseia o projeto. 

Os produtores puderam tirar dúvidas sobre a implantação dos “Jagüeyes” em seu território, reconhecendo que essa técnica pode ajudar a construir processos sustentáveis ​​na produção de alimentos com uma governança adequada da água. 

Colômbia e Brasil: semeando capacidades

O projeto Semeando Capacidades, iniciado em 2019, está dividido em quatro componentes: extensão agrícola, agroecologia, mercados diferenciados e sistemas de informação. O objetivo é fortalecer políticas e instrumentos que promovam a rentabilidade e sustentabilidade do campo colombiano, com especial ênfase na produção da agricultura familiar com enfoque agroecológico, sendo um importante instrumento de apoio ao desenvolvimento rural do país rumo à transformação econômica, social e política.