Programa de Cooperação Internacional Brasil-FAO

Artesãs paraguaias fortalecem seus conhecimentos na produção de artesanato feito em algodão

O curso ´Mais Algodão, Mais Artesanato´, em su primeira etapa, capacitou 128 artesãs de cinco territórios do país.

Assunção, 08 de março de 2022. Mulheres artesãs paraguaias que participaram do primeiro curso virtual "Mais Algodão, Mais Artesanato: Desenvolvimento de uma minicoleção do fio ao vestuário", receberam seus certificados durante um evento em 24 de fevereiro na cidade de Pirayú, na mesma data em que se comemorou o Dia da Mulher Paraguaia.

A artesã paraguaia Alberta Teresa Medina, uma das mulheres que participaram do curso, valorizou a capacitação e indicou que um dos principais aprendizados foi saber fortalecer os mecanismos de vendas, tanto digitais quanto presenciais, essenciais para melhorar a sua renda a partir da comercialização de seus produtos artesanais.

A capacitação, em sua primeira etapa, fortaleceu as habilidades de 292 artesãs do Paraguai, Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador e Peru, países parceiros do projeto +Algodão. No Paraguai, participaram 128 artesãs de cinco territórios: Pirayú, Carapeguá, Yataity, San Miguel e Santa María de Fe.

O curso foi realizado no âmbito do projeto regional +Algodão, uma iniciativa de cooperação sul-sul trilateral implementada em conjunto pela Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores (ABC/MRE), Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e sete países parceiros, incluindo o Paraguai, por meio do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAG).

A cerimônia de encerramento no Paraguai contou com a presença da prefeita de Pirayú, Cynthia Godoy de Egusquiza, do segundo secretário da Embaixada do Brasil, Pedro Henrique Gomides, da diretor geral de Desenvolvimento do Instituto Paraguaio de Artesanato (IPA), Andrea Vázquez, e da coordenadora do projeto +Algodão Paraguai, América González, representando ao Escritório da FAO no Paraguai.

O curso, que teve início em novembro de 2021, foi ministrado pelo Núcleo de Capacitação em Políticas Públicas da FAO para a América Latina e o Caribe, com o objetivo de oferecer uma capacitação virtual voltada para a confecção de produtos artesanais, gerando valor agregado por meio do planejamento para a criação, produção e venda de novos produtos com enfoque na utilização das redes sociais e das lojas online. O curso também focou na socialização de metodologias para a inserção de mulheres artesãs em mercados diferenciados, ampliando os canais de comercialização de seus produtos.

O representante da Embaixada do Brasil no Paraguai agradeceu ao governo daquele país e à FAO pelo trabalho de cooperação trilateral, na formação de profissionais do artesanato. Ele também destacou a disposição do governo brasileiro em continuar contribuindo com iniciativas que, como o projeto +Algodão, buscam fortalecer as cadeias produtivas paraguaias e criar oportunidades para as comunidades locais.

A coordenadora do projeto +Algodão Paraguai agradeceu ao IPA por aderir à iniciativa do projeto e promover o curso em nível nacional. Ela ressaltou que a capacitação é uma ferramenta para facilitar a instalação de modelos que permitem a inclusão econômica das mulheres. “É uma oportunidade para enfrentar os desafios gerados pela pandemia do COVID-19. Dessa forma, as mulheres rurais poderão ampliar e fortalecer sua participação na cadeia de valor do algodão visando o desenvolvimento para uma vida melhor”, afirmou.

Para o presidente do IPA, Adriana Ortíz, o curso faz parte das ações para continuar apoiando as comunidades artesãs por meio de diferentes ferramentas, como a tecnologia.

Curso

Desenvolvido na modalidade de autoaprendizagem, o curso foi estruturado em 10 módulos técnico-pedagógicos compostos por 42 vídeos que foram divididos entre teoria e aplicação das diferentes técnicas de tecelagem.

Em vários países, encontros semipresenciais têm sido realizados em centros comunitários das comunidades de artesãos, devido à falta de conexão com a internet. Dessa forma, se buscou diminuir a lacuna digital e promover a alfabetização digital nas comunidades de artesãs. No Paraguai, o IPA promoveu o curso disponibilizando-o em suas filiais, como a de Pirayú, para os encontros presenciais, que permitiram suporte técnico e acesso à internet.