Brasília, 2 de setembro de 2024 - Uma delegação de profissionais técnicos do projeto +Algodão, juntamente com contrapartes nacionais dos países parceiros, participará da 14ª edição do Congresso Brasileiro do Algodão (CBA), na cidade de Fortaleza, no Ceará, de 3 a 6 de setembro. Esta será a quinta vez que o projeto +Algodão faz parte do evento mais relevante do setor algodoeiro no Brasil. O tema central deste ano é: "Algodão brasileiro: construindo história rumo ao protagonismo mundial". 

Representantes da Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador, Paraguai e Peru aproveitarão este congresso para fortalecer seus conhecimentos e capacidades em áreas-chave como inovação e tecnologias agrícolas, agricultura familiar, ruralidade e sustentabilidade na produção de algodão, entre outros. Esses temas serão abordados por meio de palestras magnas e minicursos realizados durante os três dias do evento. 

O 14º CBA também servirá como um espaço para a apresentação de pesquisas científicas. A delegação latino-americana do projeto +Algodão apresentará trabalhos que destacam as experiências e avanços na cadeia de valor do algodão em seus respectivos países em diversos temas como manejo de solo e de pragas, entre outros. 

O projeto +Algodão é uma iniciativa de cooperação sul-sul trilateral executada de maneira conjunta pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores (ABC/MRE) e os governos dos países parceiros. Esta iniciativa integra o Programa de Cooperação Internacional Brasil-FAO. 

Painel temático 

O projeto +Algodão participará do painel “A produção de algodão na agricultura familiar” na quinta-feira, 5 de setembro, dentro da programação do congresso. A moderação será conduzida por Cecília Malaguti do Prado, responsável pela cooperação técnica trilateral sul-sul com organismos internacionais da ABC/MRE. 

Entre os palestrantes, América González, coordenadora do projeto +Algodão no Paraguai, apresentará as boas práticas no cultivo de algodão na América Latina, desde a semente até a confecção. Nair Helena Arriel, gerente geral da Embrapa Algodão, abordará o tema “Produção de algodão orgânico na região semiárida”; Maria Amália Marques, do Comitê Técnico da SPG Rede Borborema de Agroecologia, discutirá sobre a certificação e comercialização do algodão orgânico; e Francisco Juscelino Sampaio, presidente da Associação de Produtores de Algodão do Estado do Ceará (APACE), compartilhará um caso de sucesso na produção algodoeira no território da Associação. O painel será concluído com a apresentação de Airton Carneiro, presidente da Associação de Produtores de Algodão do Estado do Ceará (APAECE), que exporá outro caso de sucesso na produção de algodão. 

Além disso, o projeto +Algodão participará de uma segunda instância oficial da programação do 14º CBA: o workshop “Fortalecendo a presença feminina na indústria do algodão”. A assistente executiva regional do projeto, Ingrid Zabaleta, apresentará a experiência do +Algodão e os resultados de estudos e pesquisas realizados para medir a participação das mulheres no setor, durante o painel “Cultivando o futuro: o papel das mulheres na produção de algodão”. 

Eventos paralelos 

O projeto +Algodão também organizará dois eventos paralelos no dia 4 de setembro, no Hotel Sonata, em Fortaleza. A primeira atividade será o “Encontro regional sobre o bicudo-do-algodoeiro”, às 18:30 horas. O objetivo é compartilhar com os países parceiros as inovações e boas práticas implementadas pelo Brasil para o controle do bicudo-do-algodoeiro em termos tecnológicos, de gestão e de políticas públicas. Além disso, será feita uma atualização sobre a situação atual do bicudo na Argentina, Brasil, Paraguai, Peru, Colômbia e Bolívia. 

As boas práticas para o controle do bicudo-do-algodoeiro serão apresentadas por José Ednilson Miranda, pesquisador da Embrapa. Por sua vez, Celito Breda, representante da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (ABAPA), compartilhará as iniciativas da rede de controle do bicudo-do-algodoeiro da ABRAPA e a experiência de manejo coletivo em microrregiões no oeste da Bahia; finalmente, Guilherme Gomes Rolim e Jacob Neto do Instituto Mato-Grossense do Algodão (IMAMT) apresentarão experiências bem-sucedidas para o manejo do bicudo. 

O segundo evento paralelo, intitulado “Enfoque de gênero na cadeia do algodão: Perspectivas regionais a partir de estudos do setor”, começará às 19:30 horas. Esta atividade, coorganizada com o Comitê Consultivo Internacional do Algodão (ICAC), tem o objetivo de compartilhar os resultados de pesquisas sobre a participação das mulheres no setor algodoeiro em nível global e regional, analisar a realidade e os desafios das mulheres no Brasil e promover um intercâmbio de experiências e boas práticas para avançar na igualdade de gênero no setor algodoeiro nos países parceiros do +Algodão. 

Ingrid Zabaleta, do projeto +Algodão, apresentará os resultados da pesquisa global “Mulheres no Algodão - capítulo Américas”; Emiliano Magrini, Economista da FAO, falará sobre as contribuições das mulheres para as cadeias de valor agroalimentares; Lorena Ruiz, Economista do ICAC, apresentará os resultados da pesquisa “Dinâmica de Gênero no setor algodoeiro: Uma pesquisa mundial para Organizações”. Já a gerente geral da Embrapa Algodão, Nair Helena Castro Arriel, apresentará as contribuições das mulheres para o setor algodoeiro brasileiro. Encerrando as apresentações, Geni Schenkel, criadora do movimento Agroligadas, comentará sobre os desafios da participação das mulheres no meio rural brasileiro.