FAO in Mozambique

Programa de Emergência da FAO forma extensionistas agrários do sector público

Os formados deverão passar as lições aprendidas às suas comunidades
16/06/2017

16 de Junho, Tete- Cerca de 100 extensionistas agrários do sector público das províncias de Gaza, Maputo, Tete e Manica receberam uma formação da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) em matérias de Agricultura de Conservação e Multiplicação de Sementes, no âmbito da implementação das actividades do programa de emergência.

Falando durante a abertura da formação na província de Tete, onde decorreu a primeira formação, o chefe dos Serviços Provinciais de Extensão Rural (SPER), Fernando Assane, disse que a formação será uma mais-valia para os extensionistas abrangidos, abrindo espaço para a partilha de experiência neste sector.

"É uma oportunidade para aquisição de conhecimento e partilha de experiências, tendo em conta a situação actual de mudanças climáticas que tem afectado algumas regiões desta província", declarou Fernando Assane.

Para o consultor da FAO, Inácio T. Nhancale, após a formação, caberá aos formados partilhar o conhecimento adquirido, garantindo que as informações passem para os produtores nas respectivas comunidades.

"Esta formação é um meio pelo qual os agentes de extensão vão apoiar aos agricultores afectados pelas mudanças climáticas para estes adaptarem e adequarem os seus sistemas e práticas de produção, adoptando tecnologias apropriadas às suas condições locais de produção".

Para além da parte teórica da formação, os participantes foram expostos a aulas práticas para a avaliação dos solos e mecanização de pequena escala, utilizando semeadores e adubadores manuais também conhecidos por matracas que contribuem para a redução de tempo e esforço físico dos produtores na sementeira e adubação.

Após a formação, os extensionistas estarão aptos para fazer o controlo de qualidade de sementes, análise da fertilidade de solos nas condições locais e prover assistência técnica aos produtores em zonas afectadas pela seca, para que estes, por sua vez, sejam capazes de adoptar e aplicar técnicas de agricultura de conservação para uma produção sustentável e resiliente.

Esta intervenção da FAO, em resposta ao fenómeno El Nino, tem como objectivo contribuir para o desenvolvimento de conhecimentos técnicos básicos que irão ajudar na redução de ajuda externa em alimentos, melhorar a segurança alimentar e construir resiliência efectiva nas comunidades.