Transferências monetárias: Promovendo meios de subsistência sustentáveis
Os programas de transferências monetárias têm-se tornado uma importante ferramenta de protecção social e estratégia de redução da pobreza nos países em desenvolvimento pois, permitem que as pessoas identifiquem quais são suas necessidades mais urgentes e decidam quais os bens e serviços que eles desejam comprar nos mercados locais.
Para analisar o impacto que as transferências podem ter a nível das comunidades, a FAO em Moçambique através do Programa da União Europeia para o alcance dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio ODM1c, realizou entre os dias 24 a 27 de Julho um treinamento em transferências monetárias para diversos actores do governo e de outras agências das Nações Unidas.
Os participantes foram capacitados para desenhar projectos de transferências monetárias e obtiveram mais conhecimentos sobre as regras para pagamentos e ajuda monetária para grupos vulneráveis.
Para a assistente administrativa da FAO, Sara Zandamela o curso permitiu "aprender que uma das formas de criar capacidade nos beneficiários e permitir a liberdade de escolha e, ao mesmo tempo, reduzir ou aliviar a pobreza, é adoptar o modelo de transferência de fundos.
Zandamela acrescentou ainda que o curso muniu-a de conhecimentos sólidos para que futuramente possa reconhecer as diferentes modalidades de transferências de fundos; elaborar projectos de transferência de fundos tendo em conta os diferentes contextos e também serem capazes de apoiar o governo na maneira de usar as transferências de fundos.
A Assistente Administrativa da FAO frisou ainda que "nem sempre é possível produzir alimentos em todos os lugares por vários motivos: calamidades naturais ou calamidades provocadas pelo Homem. Assim, a modalidade de transferência de fundos (cash transfers) aparece como uma resposta para os programas de resiliência, alívio e redução da pobreza".
As intervenções de transferência de dinheiro da FAO proporcionam alívio aos agricultores, ao mesmo tempo em que ajudam a proteger seus meios de subsistência de choques futuros (por exemplo, seca, doença, produção pobre), superar a escassez de caixa e melhorar sua segurança alimentar e nutrição.
Participaram desta formação parceiros da FAO do Programa Mundial para a Alimentação (PMA) e de agências bancárias do mercado.