FAO reforça Sistema Nacional de Extensão Agrária em Moçambique
02 de Abril de 2018 - A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura, FAO está a prover assistência técnica para a formação de técnicos nacionais em extensão agrária para expandir e consolidar a metodologia de Escolas na Machamba do Camponês(EMC) em todo o país.
A formação, que decorre no distrito de Gondola, na província de Manica até 22 de Junho do ano em curso é realizada em colaboração com a Direcção Nacional de Extensão Agrária (DNEA) do Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar (MASA) através do projecto "Fortalecimento da Capacidade Nacional para a Implementação da Metodologia das Escolas na Machamba do Camponês", implementado pela FAO.
A formação irá integrar visitas a instituições de pesquisa agrária e empresas produtoras de sementes, bem como visitas de campo as EMC já estabelecidas.
"O curso é uma contribuição da FAO para que o país, através da DNEA consiga atingir os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável e consolidar a rede de extensão agrária em Moçambique para atingir níveis de produtividade mais sustentáveis e introduzir tecnologias que se adaptem às mudanças climáticas" disse Eugénio Macamo, Coordenador do Projecto e Oficial de Programas da FAO.
Com a duração de 3 meses, a formação de mestres em EMC, orçada em 300 mil dólares, será constituída de aulas teóricas e exercícios práticos integrados nas áreas de agricultura e pecuária (cultivo de cereais, leguminosas, hortícolas, gestão dos solos e da água, produção de sementes, nutrição, agro-negócios, identificação e controle integrado de pragas, criação de aves, apicultura e desenvolvimento de novas tecnologias adaptadas às mudanças climáticas).
Durante a cerimónia de abertura do curso realizada em Gondola, a Directora Provincial da Agricultura e Segurança Alimentar (DPASA) de Manica, Sónia Namahumbo, realçou que "esta formação acontece numa altura em que em algumas regiões de Moçambique a campanha agrária está comprometida por conta da invasão da lagarta do funil de milho, amarelecimento letal das plantas e outras pragas que põem em causa o ciclo vegetativo das culturas, apelando aos participantes a debaterem ideias para fazer face a esta problemática".
A Metodologia da Escola de na Machamba do Camponês é implementada em Moçambique desde 2002 pela FAO e pela Direcção Nacional de Extensão Agrária (DNEA).
Refira-se que nos últimos 15 anos, as acções de formação de extensionistas em metodologias de EMC já contemplaram mais de três mil técnicos moçambicanos.