FAO in Mozambique

Lagarta do Funil do Milho: 250 técnicos do governo serão formados na identificação, gestão e controle da praga

Planta de Milho devastada pela praga
27/04/2018

Para responder à ameaça da lagarta do funil do milho (LFM) e melhorar a segurança alimentar e nutricional no país, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, FAO, aprovou um projecto para melhorar a capacidade de resposta e contenção da praga por parte do Governo e da sociedade civil.

Nesse sentido, o principal objectivo do projecto consiste em formar 250 técnicos agrários do Governo de Moçambique na identificação e gestão integrada da praga. Estes técnicos irão, por sua vez, fazer a replicação das formações para 500 grupos de extensão agrária, (cerca de 6 000 agregados familiares), através das Escolas na Machamba do Camponês e de outras metodologias de extensão participativa.

Estima-se que até ao final do projecto, previsto para Março de 2019, serão abrangidas de forma indirecta cerca de 75.000 famílias (através de contactos com os membros dos grupos de extensão e exposição a outros produtos do projecto tais como manuais de avaliação da praga, panfletos e cartazes a serem produzidos pela FAO em colaboração com o Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar- MASA), com ênfase para a participação das mulheres uma vez que estas são as principais responsáveis pela produção de culturas alimentares no agregado familiar.

Este projecto surge em continuação do apoio técnico e financeiro que a FAO tem prestado ao MASA e ao grupo de trabalho sobre a LFM.

Até ao presente, o apoio prestado pela FAO no combate à LFM incluiu:
• Participação de técnicos séniores do MASA em reuniões técnicas internacionais e regionais sobre a LFM;
•Realização da avaliação inicial sobre a presença da praga no país e avaliações subsequentes para monitoria da presença da praga;
• Avaliação do impacto da praga em campos afectados para se conhecer a capacidade de dano da praga;
• Formação de formadores ao nível nacional para combater a praga e organizar formações no país;
• Formação de formadores ao nível provincial;
• Elaboração de um roteiro para facilitar o registro rápido de pesticidas;
• Preparação e multiplicação de materiais de sensibilização sobre a praga;
• Integração de aspectos de controle integrado da praga nas actividades dos projetos implementados pela FAO;
• Distribuição de armadilhas de feromonas para a monitoria da presença da praga em todo o país;
•Integração do país no sistema de monitoria regional da presença da praga implementado pela empresa CropWatch;
•Lançamento de uma aplicação móvel para a monitoria da LFM (FAMEWES).
•Assessoria ao governo e sociedade civil sobre a praga, seus efeitos e medidas de controle.