FAO in Mozambique

ONU e ONGs precisam de $30,1 milhões para dar resposta às cheias na Zambézia

As cheias destruíram infraestrutura importante em diversas províncias
09/02/2015

A comunidade humanitária em Moçambique, incluindo agências das Nações Unidas, OIM, Cruz Vermelha e várias ONGs, lançou hoje uma proposta de resposta e recuperação de 30,1 milhões de dólares norte-americanos para dar resposta às necessidades de mais de 160 000 pessoas severamente afectadas pelas cheias ocorridas na província da Zambézia, centro do país. A proposta responde a uma solicitação do Governo de Moçambique para mobilizar recursos adicionais que reforcem o actual sistema de resposta de emergência a nível nacional.

No início da semana passada, o Fundo Central de Resposta de Emergência (CERF) das Nações Unidas em Nova Iorque aprovou uma alocação de assistência imediata de 3,2 milhões de dólares norte-americanos para apoiar as populações mais afectadas nos centros de acomodação na Zambézia.

"As cheias devastaram grande parte de algumas das comunidades mais desfavorecidas de Moçambique. Toda a ajuda por pequena que seja será necessária para assegurar que as pessoas não caiam ainda mais na precariedade e possam voltar quanto antes aos seus meios de vida produtivos" diz Jennifer Topping, Coordenadora Residente das Nações Unidas e líder da Equipa Humanitária Nacional em Moçambique.

Os objectivos estratégicos da proposta, que abrange a resposta imediata e a fase de recuperação de 3-4 meses, incluem a prestação de assistência imediata às vítimas das inundações como abrigo, água e saneamento, higiene, alimentação, saúde, protecção, nutrição e educação bem como intervenções de recuperação económica rápida. Os fundos serão utilizados para reconstruir as casas e restabelecer os meios de subsistência perdidos, aumentar a capacidade logística e operacional para a distribuição rápida dos materiais de ajuda humanitária, estimular a recuperação local e o restabelecimento das actividades e dos mercados.

O acesso limitado às áreas afectadas continua a dificultar uma resposta eficaz, já que as inundações na bacia do rio Licungo danificaram seriamente um grande número de estradas e pontes, especialmente na Zambézia, onde cerca de 70 por cento da província permanecem inacessíveis por terra.

A proposta será actualizada em 30 dias para reflectir melhor as necessidades prioritárias quando as águas retrocederem e o acesso às áreas alagadas melhorar.