Avaliando a Sustentabilidade e Replicabilidade de Sistemas Integrados de Energia e Alimentação em Moçambique
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) em coordenação com a Direcção Nacional de Energia (DNE) do Ministério dos Recursos Minerais e Energia (MIREME) organizaram na última quarta-feira, uma reunião técnica de apresentação do projecto para Avaliação da Sustentabilidade e Replicabilidade de Sistemas Integrados de Energia e Alimentação" (IFES na sigla em inglês).
Prevê-se que o mesmo projecto seja implementado ainda no Brasil e no Gana, o que permitirá trocas de experiências entre os três países.
Este encontro enquadra-se no âmbito da visita de uma missão técnica da Divisão de Agricultura Sustentável da Sede da FAO em Roma (Itália).
O evento contou com a participação de técnicos do Ministério dos Recursos Minerais e Energia (MIREME), Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar (MASA), Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural (MITADER), Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e Técnico Profissional (MCTESTP), ONGs e sector privado que discutiram sobre os desafios dos projectos de bioenergia no país.
Segundo Anne Bogdanski, coordenadora do projecto, "a FAO pretende através deste estudo trazer noções de boas práticas aos sistemas integrados de energia e garantir a sua sustentabilidade". Bogdanski afirmou ainda que "Moçambique é um dos países selecionados para a realização deste estudo porque já possui programas e políticas para a produção de bioenergia".
De acordo com o coordenador do Programa de Energia da FAO, Oliver Dubois, "já existem ferramentas pra apoiar governos, investidores, sector privado, comunidades e agricultores para a produção de bioenergia com riscos reduzidos".
Dubois disse ainda que "a bioenergia deve ser vista como parte de uma oportunidade de investimento no sector agrícola e que as áreas seleccionadas para a produção de bioenergia devem ser definidas pelos actores locais que conhecem melhor as condições".
Segundo a Directora Adjunta da Direcção Nacional de Energia, Marcelina Mataveia, "este estudo vai servir de exemplo para aprendermos lições e vermos quais são as possibilidades de replicabilidade do mesmo, também para a troca de experiências entre os países abrangidos e matéria para tomada de decisões políticas".
A estrutura analítica deste estudo com a duração de 5 meses tem em vista, numa fase inicial, avaliar quatro projectos de sistemas integrados de energia e alimentação já existentes no país.