Decorreu no dia 6 de março, na Fundação Museu Oriente, em Lisboa, a conferência «Portugal Saudável», uma iniciativa da Missão Continente. Subordinada ao tema "A Alimentação do Futuro", pretendeu reforçar o debate público sobre a importância da alimentação saudável e do seu impacto na sustentabilidade económica, social e cultural do país. Esta conferência reuniu um conjunto de especialistas de várias áreas, que refletiram sobre os hábitos de hoje e sobre o possível papel da tecnologia na melhoria do conhecimento sobre os alimentos que comemos e na influência na sua produção.

O programa da Conferência contou com dois painéis de debate. O primeiro painel, que debateu as novas tendências e novos consumos no futuro da alimentação, contou com a presença de Paulo Oom, Pediatra, Anabela Raymundo, do projeto River Rice Sugar, Inês Valadas, Administradora da Sonae MC e Francisco Goiana, do Ministério da Saúde. O segundo painel, sobre a alimentação do futuro num mundo em mudança, contou com a participação de Francisco Sarmento, Chefe do Escritório de Informação da FAO em Portugal e junto da CPLP, Nuno Ferrand, da Universidade do Porto e o Chef Francisco Siopa.

A Conferência contou ainda com a apresentação do Dr. Bertalan Mesko, clínico e investigador húngaro e Nick Barnard, cofundador da marca de alimentos saudáveis Rude Health.

O Dr. Bertalan Mesko defendeu o potencial da tecnologia para ajudar a conseguir uma alimentação mais saudável e sustentável, mantendo os padrões sociais e culturais. Referiu algumas inovações que considera que poderão mudar a relação do consumidor com os alimentos, entre elas, scanners que revelam os ingredientes e toxinas que estão no prato e um garfo que alerta quando se está a comer demasiado rápido.

Na sua intervenção, Nick Barnard, sublinhou a importância de se saber exatamente o que se come e a sua proveniência, referindo que "a comida do futuro é a que os nossos antepassados comiam" e sublinhando a necessidade de se reforçar a relação do homem com a natureza.

A Conferência destacou a importância do regresso à terra aliado às tecnologias do futuro, a valorização de produtos frescos e sazonais, biológicos e nutricionalmente ricos, a importância de promover a literacia alimentar e a conjugação de esforços, entre governos, empresas, ONG’s e consumidores, para se alcançarem os objetivos como a erradicação da fome, da má nutrição e do desperdício alimentar.

O encerramento da Conferência ficou a cargo do Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes.

Estiveram presentes na Fundação Museu Oriente parceiros institucionais, investidores e pessoas singulares e coletivas ligadas à alimentação, nutrição, tendências gastronómicas e produção agroalimentar.