FAO in Portugal

FAO participa no II Congresso do Diálogo Inter-Religioso “Cuidar do Outro”

10/10/2018

Lisboa– No passado dia 3 de outubro, na Universidade Católica Portuguesa (UCP) , teve lugar o II Congresso do Diálogo Inter-religioso “Cuidar do Outro”, promovido pelo Alto Comissariado para as Migrações em parceria com a Comissão da Liberdade Religiosa e a Faculdade de Teologia da UCP.

O Congresso foi divido em três painéis temáticos: o primeiro dedicado à “Saúde e Assistência Hospitalar e às Prisões”; o segundo deu ênfase à “Responsabilidade Social nas ONGs e Sociedade Civil/ Intervenção Social e Apoio Social à Comunidade” e, por último, foi abordada a importância da “ Educação Formal e Não Formal”. A iniciativa visou estimular uma reflexão sobre as religiões enquanto transversais à realidade social e humana.

Na sua intervenção durante o segundo painel, o Chefe do Escritório de Informação da FAO em Portugal e junto da CPLP, Francisco Sarmento, mencionou que o acesso desigual a uma alimentação adequada constitui um grande desafio da atualidade: “A população que não tem acesso a uma alimentação adequada sofre direta ou indiretamente de problemas de saúde em função dos alimentos a que não tem acesso.” Ele acrescentou ainda que “não é preciso ser rico para comer bem, mas quem tem menos recursos enfrenta maior dificuldade em obter alimentos que proporcionem a saúde necessária para integrar ativamente a comunidade”.

Neste contexto, a agência das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) procura edificar alianças e parcerias com os atores locais e globais que possam contribuir para vencer os desafios do sistema alimentar moderno. “É necessário um esforço conjunto para vencer o amplo leque de dificuldades que assolam a humanidade”.

Francisco Sarmento explanou que a participação da sociedade civil nos mecanismos de intervenção e nos órgãos de governação da FAO, sobretudo no Comité de Segurança Alimentar Mundial, é fundamental uma vez que cabe à sociedade civil a competência, entre outras, de relatar o impacto directo das ações promovidas pela Organização no terreno, contribuindo para a realização progressiva do Direito Humano à Alimentação Adequada.