Lisboa – Realizou-se na passada sexta-feira, dia 23 de janeiro, o primeiro Seminário Nacional aTerra, no âmbito do projeto com o mesmo nome, promovido pela Fundação Fé e Cooperação (FEC). O Escritório da FAO em Portugal tinha já colaborado com a FEC neste projeto, tendo participado na sessão de encerramento da Escola de Verão realizada em julho de 2014.

Este Seminário Nacional, intitulado “Políticas Globais e Estratégias Locais para o Desenvolvimento Rural Sustentável”, teve lugar na Fundação Calouste Gulbenkian e teve como objetivo refletir sobre os modelos locais e globais de desenvolvimento rural, apresentando reflexões, projetos e iniciativas neste âmbito, congregando académicos e ativistas.

Ao longo do dia foram abordados diversos temas, desde as experiências sobre o desenvolvimento rural inclusivo, por parte de vários atores envolvidos no aTerra (Junta de Freguesia, Consulai, Escolas - Clube aTerra - Colégio Sagrado Coração de Maria, EBSO - Agrupamento de Escolas de Ourém, Escola de Hotelaria de Fátima), à agricultura familiar em Portugal, por Francisco Cordevil e Joaquim Rolo do INIAV, a outras experiências que fazem um paralelismo entre as políticas globais e as estratégias locais, por Susana Oliveira do Projeto Da Terra – Penafiel, Manuela Sampaio da ADREPES, Jorge Nunes, Coordenador do Projeto Cidadania & Território: Desenvolvimento Local Sustentado, e Ulrich Schiefer do ISCTE/CEA, um dos responsáveis pelo estudo de Caso "Semear Portugal, Semear Angola".

Foram ainda analisados novos paradigmas de desenvolvimento, por José Lima Santos, investigador, e António Covas, da Universidade do Algarve.

Por fim, foram apresentados os principais marcos do Ano Internacional da Agricultura Familiar (AIAF) e discutidas as formas de potenciar a continuação dos trabalhos em prol da promoção da Agricultura Familiar, em Portugal e a nível global, por Laura Lorenzo, do Forum Rural Mundial, e Pedro Teixeira, da Comissão Executiva da AIAF 2014/ Portugal.

O encerramento do Seminário ficou a cargo de Hélder Muteia, Representante da FAO em Portugal e junto da CPLP, que frisou a importância de dar continuidade à dinâmica gerada pelo AIAF, particularmente na dignificação deste sector e na procura de soluções práticas para a sustentabilidade ambiental, social e económica dos desafios do desenvolvimento rural.