Lisboa - No decorrer do Workshop de Agricultura Urbana realizado pela FAO e pela Junta de Freguesia de Campolide, no passado dia 4 de Julho, foi realizada uma apresentação sobre a temática “Vantagens nutricionais de ter uma horta urbana”, desenvolvida por Daniela Nobre, Estagiária de Ciências da Nutrição no escritório da FAO em Lisboa. 

A apresentação iniciou-se com as vantagens práticas de uma horta urbana, que consistem numa maior disponibilidade de vegetais frescos e de confiança do consumidor, mais apelativos e de melhor paladar, com menos perdas nutricionais pela rapidez entre a colheita e o consumo, contribuindo para uma alimentação mais saudável.

Também referiu que é possível controlar os custos, aumentar a actividade física e o contacto com a natureza mas tem também um impacto ambiental pela diminuição da distância de transporte e boas práticas.  

Foi reforçada a ideia de que o consumo de hortícolas e frutos deve ocupar uma grande parte da nossa alimentação, uma vez que fornecem a maior parte das vitaminas e minerais necessários ao bom funcionamento do organismo e ainda por serem alimentos ricos em água e fibra, contribuindo para a saúde gastrointestinal e uma boa opção a nível energético.

Abordaram-se os efeitos benéficos de diversas substâncias presentes nos hortofrutícolas, nomeadamente os antioxidantes e o seu papel na prevenção de alguns cancros e na manutenção da saúde cardiovascular. 

Fez ainda referência à recomendação da OMS do consumo de 400g de hortofrutícolas diariamente e salientou a importância de variar os hortofrutícolas consumidos para obter todos os benefícios.

Para finalizar a temática, falou-se acerca do papel importante das ervas aromáticas como substituto do sal, para o alcance do consumo recomendado pela OMS de menos de 5g por dia. Para além das vantagens que conferem a nível do paladar, apresentam também efeitos positivos no processo digestivo, efeitos anti-inflamatórios ou ainda calmantes.

Relembrou-se ainda que será sempre necessário aliar o gosto pessoal às condições existentes no terreno disponível para a produção hortícola e a aspectos como a sazonalidade ou as variedades.