Lisboa – Após os discursos de abertura proferidos pelo Secretário Executivo da CPLP, Embaixador Isaac Murade Murargy, e pelo Ministro de Estado e Ministro da Agricultura e Pescas de Timor-Leste, Estanislau Aleixo da Silva, os chefes das delegações foram convidados a proceder conjuntamente a um ritual de toque do tambor tradicional de Timor-Leste. Este momento assinalou a abertura do Seminário Internacional intitulado “Desafios Globais, Respostas Regionais e Nacionais à Insegurança Alimentar e Nutricional”, que teve lugar no dia 24 de novembro em Díli, Timor-Leste.

Ambos os discursos de abertura salientaram a importância de sair das palavras para a ação, transformando as excelentes ideias que são sistematicamente abordadas em medidas concretas em prol da erradicação da fome na comunidade falante da língua portuguesa. Foi ainda feito um apelo para que a vontade política seja materializada em apoios concretos à Estratégia de Segurança Alimentar e Nutricional (ESAN-CPLP), nomeadamente a contribuição de cerca de 35 mil dólares que cada país membro se comprometeu a disponibilizar para a operacionalização da mesma. Foi ainda referido que apenas quatro países já procederam a essa contribuição.

Foi também feito um agradecimento aos palestrantes por se terem disponibilizado a partilhar os seus conhecimentos e experiências, em benefício dos sistemas agroalimentares.

Entre os temas que foram abordados durante o seminário, destacam-se seis: “Evolução do sistema agroalimentar Mundial”, por John Wilkinson; “Políticas e conceitos para segurança alimentar e nutricional”, por Renato Maluf; “A ESAN CPLP e as diretrizes de apoio aos agricultores familiares”, por João Mosca; “Desafios fome Zero, Iniciativa Regional na Ásia”, por Damm Musoke; “Segurança alimentar e nutricional em Timor-Leste – tendências e recomendações para ações multissectoriais”, por Rui Gomes; e “Progresso da Implementação do plano nacional de ação para Erradicação da fome e malnutrição em Timor-Leste” por Gil Rangel.

Os debates permitiram partilhar ideias sobre os desafios globais e as respostas regionais e nacionais aos mesmos, na perspetiva de pensar global e agir local.