Lisboa – No âmbito das comemorações do Ano Internacional dos Solos, ocorreu no passado dia 4 de dezembro uma conferência de encerramento numa organização conjunta entre o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV), a Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR) e a Sociedade Portuguesa da Ciência do Solo (SPCS) no auditório principal do INIAV, Oeiras.

Este evento teve como objetivo integrar um balanço das atividades realizadas ao longo do ano e um conjunto de intervenções orientadas para as diferentes perspetivas de governação dos recursos do solo, para o qual Hélder Muteia, representante da FAO e junto da CPLP foi convidado a participar com tema “O Ano Internacional dos Solos”.

A sessão de abertura foi realizada pelo presidente do INIAV, Nuno Canada, pelo Diretor-geral da DGADR, Pedro Teixeira e pelo Presidente da SPCS, Carlos Alexandre, sendo seguidos por diversas apresentações relacionadas com o tema dos solos.

Na parte da tarde, durante apresentação Hélder Muteia referiu os diferentes objetivos do Ano Internacional dos Solos nomeadamente necessidade de sensibilizar e consciencializar a sociedade civil sobre a importância dos solos e o seu papel na segurança alimentar, adaptação, mitigação, ecossistemas e no combate à fome e à pobreza.

O representante da FAO, mencionou ainda várias medidas gerais que podem ser aplicadas de modo a promover a proteção dos solos, políticas de acesso e utilização sustentável de terras, e outras medidas mais específicas para a agricultura tais como aumentar o nível da matéria orgânica no solo, combater a erosão e as queimadas entre outras.

Na continuação do evento, houve ainda espaço para um debate entre os convidados e os oradores, e uma visita a uma exposição sobre os solos.

A sessão de encerramento foi efetuada por Nuno Canada e por Hélder Muteia. O presidente do INIAV apelou que toda a dinâmica envolvida durante o Ano Internacional dos Solos se prolongue no tempo. O representante da FAO, sublinhou as palavras do presidente, afirmando “Encarar tudo o que foi feito como um ponto de partida para uma nova abordagem da gestão de solos”, baseada num compromisso global sobre o clima, incluindo agricultura sustentável, para a preservação dos solos, adoção de novos paradigmas institucionais, económicos e sociais, e mais soluções tecnológicas.