FAO in Portugal

Os preços globais dos alimentos diminuem em março

07/04/2017

As primeiras projeções globais de 2017 apontam para uma robusta colheita de cereais mesmo quando alguns agricultores trocam culturas

Lisboa - Os preços globais dos alimentos monitorados pela FAO baixaram em março, entre grandes reservas disponíveis e expectativas de fortes colheitas.

O Índice dos Preços dos Alimentos da FAO teve uma média de quase 171 pontos em março, marcando uma queda de 2,8% em relação ao mês anterior, permanecendo 13,4% acima do nível do ano anterior. O Índice dos Preços dos Alimentos da FAO é um índice ponderado pelo comércio que acompanha os preços do mercado internacional de cinco grandes grupos de produtos alimentares.

A FAO também divulgou as suas primeiras perspetivas mundiais de oferta e procura de cereais para o ano seguinte, esperando que seja “mais uma época de relativa tranquilidade no mercado”, com stocks de cereais em níveis próximo do recorde.


As primeiras previsões da FAO para os mercados de cereais em 2017/18


A produção mundial de cereais em 2017 é projetada em 2 597 milhões de toneladas, apenas 9 milhões de toneladas abaixo do recorde estabelecido em 2016, de acordo com o último Relatório de Oferta e Procura de Cereais.

As primeiras previsões da FAO para a temporada dependem das condições climáticas nos próximos meses e na decisão dos agricultores sobre qual cultura a plantar, que variará em função dos preços do mercado.

O ligeiro declínio de 2016 deve-se à redução antecipada na produção global de trigo – que agora espera-se que caia 2.7 por cento em 2017 para 740 milhões toneladas – principalmente na redução de plantação induzidos pelos preços na Austrália, Canadá e Estados Unidos.

Em compensação, a produção total de cereais secundários em 2017 deverá aumentar provisoriamente para um novo recorde de 1 353 milhões de toneladas, deve-se substancialmente a um aumento de produção no Brasil e Argentina, juntamente com uma recuperação na África do Sul após a seca do ano passado.

A produção mundial de arroz deverá crescer 1.0 por cento para 504 milhões de toneladas, uma vez que mais plantações na Índia e na Indonésia juntamente com maiores rendimentos no Brasil e na China devem compensar os declínios em outros lugares, incuíndo no Sri Lanka atingido pela seca.

Foto: © FAO/Michela Paganini

Legenda: Agricultores peneiram arroz na Mauritânia

Fonte: http://www.fao.org/news/story/en/item/878800/icode/