FAO in Portugal

Munícipios portugueses debatem políticas alimentares

07/07/2017

Lisboa - A 27 e 28 de junho, decorreu o V Congresso Português de Alimentação e Autarquias, no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, que contou com o apoio científico e institucional da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto, da Direção-Geral da Saúde e com ADRAVE – Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Ave. Estiveram presentes cerca de 400 participantes.

No evento foi apresentado um diagnóstico da situação alimentar e nutricional em Portugal e vários estudos de caso e (ou) políticas e programas municipais em preparação e (ou) implementação na área da alimentação e nutrição. Neste sentido, o congresso foi um momento muito importante para intercâmbio de conhecimentos dentro desta matéria. De salientar, entre muitas iniciativas, aquelas onde uma ligação entre os vários atores locais está em curso. A Camara Municipal de Vila Nova de Gaia, por exemplo, está a procurar implementar um Conselho Municipal para esta matéria em linha com o proposto na Estratégia de Segurança Alimentar e Nutricional da CPLP.

No Congresso foram apresentados e discutidos também as ligações entre alimentos nutricionalmente adequados, territórios e modos de produção. O exemplo da dieta mediterrânica foi um dos relatados. Estas ligações entre a produção e o consumo locais e a selecção adequada dos grupos mais vulneráveis, fazem parte de uma abordagem baseada no direito humano a uma alimentação adequada, tema abordado por Flavio Valente da FIAN Internacional que também participou dos trabalhos. Este e outros oradores reforçaram, igualmente, o papel das mulheres e os problemas enfrentados por estas neste domínio.

Francisco Sarmento, Chefe do Escritório de Informação em Portugal e junto da CPLP, desafiou os municípios presentes a participarem na próxima reunião do Pacto de Milão, que irá decorrer entre os dias 19 e 21 de outubro 2017, em Valência. O escritório de informação da FAO em Portugal e junto da CPL irá prestar apoio aos Municípios portugueses interessados nessa participação.

Deste congresso resultou a Declaração de Guimarães, onde se sublinham as principais conclusões do mesmo e se sugerem algumas linhas de ação para um estratégia alimentar e nutricional por parte do poder local.