FAO in Portugal

Universidade Aberta discute Novos Desafios Alimentares para os Países da CPLP

25/02/2016

Lisboa - No passado dia 22 de Fevereiro realizou-se, na Universidade Aberta, um Colóquio sobre os “Novos Desafios Alimentares para os Países da CPLP”, na qual esteve presente o Representante da FAO em Portugal e junto da CPLP, Hélder Muteia.

Esta palestra foi realizada no âmbito do Mestrado em Ciências do Consumo Alimentar que, tem contado com apoio da FAO e da CPLP na sua reestruturação temática com o objetivo de incentivar os estudantes a refletirem e abordarem os desafios e problemáticas dos países da comunidade.

Rosário Ramos, Membro do Conselho Coordenador do Departamento de Ciências e Tecnologia, apresentou os convidados Joana Sousa, da Ordem dos Nutricionistas e, Hélder Muteia, da FAO. A Professora Ana Pinto de Moura fez os agradecimentos e Paulo Silva Dias, Reitor da Universidade Aberta, deu início à abertura da sessão.

Joana Sousa, abordou o tema “Novos Desafios Alimentares para a realidade Portuguesa” no qual foram mencionados temas como a transição demográfica, as diferenças entre disponibilidade alimentar e consumo, insegurança alimentar, indicadores de risco nutricional, desigualdades sociais, padrão nutricional e a necessidade de alterar o padrão de consumo tradicional e a preferência por uma alimentação saudável, enquanto factores constituintes da evolução da sociedade portuguesa.

Hélder Muteia refletiu sobre os desafios dos países da CPLP, tendo abordado questões como a fome, pobreza, malnutrição e insegurança alimentar. Apresentou estatísticas da prevalência da fome e desnutrição no mundo: 795 milhões de pessoas passam fome, das quais 100 milhões são crianças com baixo peso, 2 mil milhões de pessoas sofrem deficiências de micronutrientes e 2,5 milhões de crianças morrem anualmente de fome e de complicações relacionadas com a má nutrição.

Alertou, também, para a necessidade de evitar o desperdício alimentar e criar através de novas tecnologias, metodologias para incrementar a disponibilidade alimentar e optimizar a fertilização dos solos transversalmente a uma agricultura sustentável, de forma equitativa.

O evento terminou com um debate entre os palestrantes e o público que assistiu à sessão.