No passado dia 7 de fevereiro, o chefe do escritório da FAO em Portugal e junto da CPLP, Francisco Sarmento, reuniu com a Confederação Nacional da Agricultura de Portugal (CNA) onde foi discutida a situação dos agricultores familiares em Portugal e na CPLP.

A agricultura familiar é a forma predominante de agricultura nos países da CPLP, sendo estimado que o número total de produtores familiares na CPLP ascende os 11.500 milhões.

Criada em 26 de fevereiro de 1978, em Coimbra, a CNA define-se como a “expressão organizada, predominantemente, dos agricultores e agricultoras das explorações agrícolas familiares”. Entre outros princípios, assume “as preocupações atuais sobre a construção de uma agricultura que responda às exigências de qualidade dos produtos, de defesa do meio ambiente, do mundo rural, da saúde, do trabalho e que promove a melhoria dos rendimentos e da qualidade de vida dos agricultores portugueses”. A CNA é fundamentalmente constituída por Associações de Agricultores, embora também enquadre outras Associações voltadas para o âmbito mais abrangente do desenvolvimento rural. 

Recorde-se que a CNA é membro fundador da Plataforma de Camponeses da CPLP a qual foi criada em 2012 durante a Cimeira Rio+20, Rio de Janeiro, com o objetivo de reforçar a luta pela defesa dos interesses dos pequenos agricultores e da agricultura familiar.

A Plataforma de Camponeses da CPLP é um espaço de articulação entre as organizações representativas da agricultura familiar e dos pequenos agricultores dos países de língua portuguesa Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe que pretende influenciar a agenda política relacionada com a Agricultura Familiar, Soberania Alimentar e Direito Humano à Alimentação Adequada nos níveis nacional, regional (CPLP) e global.