Lisboa - O Ministério da Agricultura e do Mar promoveu de 3 a 6 de junho a Semana Azul, acontecimento em que se inserem diversos eventos com o objetivo de reunir todas as entidades ligadas ao mar, indo ao encontro de três pontos fundamentais: dinâmica empresarial, reflexão estratégica e discussão política.

No âmbito da Semana Azul, decorreu no passado dia 5 de junho, uma reunião ministerial de alto-nível, na qual a FAO se fez representar por Arni Mathias Mathiesen, Assistente de Diretor Geral responsável pelo Departamento de Pescas e Aquacultura, e Hélder Muteia, Representante da FAO em Portugal e junto da CPLP.

Nesta reunião, a Ministra da Agricultura e do Mar de Portugal, Assunção Cristas, convidou todos os Ministros responsáveis pelo mar a participar, promovendo assim a reflexão e o debate de questões acerca do rumo da governança mundial dos oceanos, atendendo a questões económicas e ambientais.  

Cerca de 70 delegações participaram na reunião, que contou com intervenções por parte da maioria dos países, incluindo todos os da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). A reunião contou também com intervenções por parte de organizações internacionais como a Organização das Nações Unidas, a Comissão Europeia, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), e a FAO - Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura.

O chefe de delegação da FAO, Arni Mathias Mathiesen, Assistente de Diretor Geral responsável pelo Departamento de Pescas e Aquacultura, disse durante a sua intervenção que “A economia azul não é um apêndice da agenda de desenvolvimento sustentável. É uma parte central da mesma e não temos tempo a perder para a atingir”.

Vários dos participantes da reunião ministerial fizerem referência ao papel crucial do mar na promoção de segurança alimentar e nutricional, especialmente de muitas populações vulneráveis que dele dependem para a sua subsistência. As temáticas das alterações climáticas e da regulamentação das pescas foram também amplamente mencionadas.

Da reunião resultou uma declaração final que incide sobre o planeamento espacial marítimo, o financiamento da economia azul e a governança dos oceanos, na perspetiva da sustentabilidade dos ecossistemas.

Portugal pretende ser um país de referência internacional no debate mas também na ação sobre as temáticas dos oceanos, nomeadamente através da organização anual deste evento.