FAO in Portugal

Visita de FAO Portugal à Embaixada de Belize em Londres reafirma apoio da organização no país

20/10/2016

Lisboa – No passado dia 3 de Outubro, em missão na cidade de Londres, Hélder Muteia, representante da FAO e junto da CPLP, visitou a Embaixada de Belize na capital britânica. Novos avanços foram dados à última visita, em Março, desta vez na presença da Alta Comissariada Adjunta, Laura Frampton.

Belize é um país na costa leste América Central. A sua imagem internacional impõe-se como um local ideal para turismo, já que as suas praias, eco-lodges, mergulho e pesca desportiva e ruínas maias não deixam os turistas indiferentes. Belize tem uma área de 22 960 km² e uma população de 333 200 habitantes.

Na última visita à embaixada deste país, Perla Perdomo, Embaixadora de Belize em Londres, demonstrou a sua preocupação com o impacto da emissão de gases de efeito estufa em pequenos países como o seu. Esta é uma preocupação legítima e que tem valido esforços por parte da FAO.

O Programa-Quadro da FAO no país para o período 2016-2019 identificou como prioritárias 4 áreas: (1) Desenvolver o comércio de produtos provenientes da agricultura e pesca; (2) Segurança alimentar e nutricional; (3) Promover sistemas alimentares sustentáveis e resilientes; (4) Segurança e qualidade alimentar. Estas prioridades materializaram-se em diversas iniciativas, especialmente junto da população rural.

A promoção do agro-negócio é um exemplo das iniciativas desenvolvidas em Belize. A diversificação das atividades agrícolas é imprescindível no país para que o comércio de produtos agrícolas seja impulsionado e o ciclo de desemprego e pobreza seja revertido. Para além de ajudar a uma melhor e mais segura produção de açúcar, bastante importante para o Norte do país, e de citrinos, produtos estes que são uma fonte de rendimento essencial para o país devido à sua exportação, a FAO tem vindo a desenvolver a produção de cebolas, mel e criação de gado ovino.

Quanto aos impactos das alterações climáticas no país, a FAO tem apoiado tanto a mitigação destes efeitos através de estratégias agrícolas sustentáveis como a adaptação aos efeitos que já se fazem sentir. Cerca de 10 000 nacionais estão empregados no já mencionado subsetor dos citrinos. Porém, as alterações climáticas têm-se traduzido em grandes infestações de pragas que devastam estas plantações, tais como o greening ou huanglongbing (HLB), uma doença conhecida no país desde 2009. A FAO tem sido sensível a este problema introduzindo uma abordagem que visa a cooperação entre os produtores no sentido de gerir e controlar esta doença, para além de providenciar diagnóstico e avaliação do seu estado através de treino e fornecimento de equipamento para o efeito.

A FAO Portugal acordou na manutenção da regularidade de visitas a esta embaixada, sendo assim um importante intermediário para a cooperação entre a FAO e Belize.