FAO em São Tomé e Príncipe

Plano Estratégico para a Instalação de Culturas em Zonas Declivosas é assinado

FAO vai apoiar São Tomé e Príncipe na instalação de cultural em zonas declivosas (Foto: ©FAO/Denilson Costa)

20/10/2017

20 de outubre de 2017 São Tomé – Na comemoração do 16 de Outubro Dia Mundial da Alimentação, o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural procedeu, com o apoio da FAO, à assinatura do Plano Estratégico para  a Instalação de Culturas em Zonas Declivosas, no âmbito do Projecto de Apoio à conservação e melhoria da qualidade do solo no Distrito de Mé-Zóchi em São Tomé. Com este plano, o país espera propôr um modelo nacional de uso dos solos para poder instalar permanentemente culturas em áreas inclinadas e aumentar a produção agrícola.

A agricultura é um dos pilares da República Democrática de São Tomé e Príncipe. Por isso, e tirando proveito das suas condições climáticas favoráveis à práctica agrícola, o país pretende aumentar em 6% a produção de alimentos até 2021. Simultaneamente, serão conciliadas a intensificação e diversificação sustentável da produção agrícola com a desafiante preservação dos recursos naturais existentes. Para tal ser possível, é necessário dar especial atenção às zonas agrícolas de declive (ou “zonas tampão”), onde a práctica agrícola é adversa. Para tal, o governo defende ajudar os agricultores a se instalarem permanentemente nessas áreas outrora frágeis e impraticáveis, autênticos elementos dissuasores para os agricultores e com impactos nefastos na segurança alimentar e nutricional da população rural.

Nas zonas declivosas tanto as fortes chuvas como o seu acentuado declive são factores que contribuem para que o cultivo nestas áreas seja dificultado. Com estes dois fatores, o risco de erosão das terras, lixiviação e esgotamento dos solos é elevado, nomeadamente quando as culturas são instaladas sem medidas integradas de controlo erosivo e de fertilidade dos solos. Com base nesta observação, o presente plano estratégico em questão baseia-se em seis eixos estratégicos: motivação dos produtores; controlo da erosão; enriquecimento contínuo do solo em matéria orgânica; gestão da fertilidade do solo; boas práticas agrícolas; e, desenvolvimento de cadeias de valor.

Por ocasião da assinatura do referido plano, Teodorico Campos, Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, proferiu as seguintes palavras:“[a] assinatura desde grande documento que servirá de orientação para o país, e em particular para o Ministério da Agricultura, vem permitir uma maior produção e aproveitamento das encostas íngremes do país. Vem permitir de igual modo ajudar no combate à pobreza que assola quem mais produz - os “agricultores”.  Segundo um estudo da FAO,  se não soubermos tirar proveito das zonas com declives em São Tomé e Príncipe, não estaremos em condições de aumentar a produção de forma a dar resposta à demanda. E, se nós queremos exemplos claros e palpáveis de que realmente se pode praticar agricultura em zonas declivosas, basta vermos o sucesso do TCP/STP/3502 “Projeto de apoio à conservação e melhoramento da qualidade de solo no Distrito de Mé-Zóchi”. Mais concretamente nas comunidades de Saudade e Bom Sucesso que justificam a continuidade desta prática numa vertente mais alargada. Não podia terminar sem antes agradecer a FAO, pela prestimosa contribuição”.