FAO em São Tomé e Príncipe

Missão conjunta reúne com o Ministro do Comércio e Economia Azul

Foto de família com todos os elementos da missão © FAO / Denilson Costa

05/12/2018

05 de dezembro de 2018, São Tomé – OMinistro das Finanças, Comércio e Economia Azul, Américo Ramos, recebeu no passado dia 20 de Novembro a missão conjunta da delegação sub-regional da FAO para a África Central, da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) e a Embaixada de São Tomé e Príncipe no Gabão que esteve presente no país. O Representante da FAO para São Tomé e Príncipe e Gabão, Hélder Muteia, que chefiou a missão, apresentou ao titular da pasta de Economia os constituintes da delegação e falou dos objectivos que nortearam esta visita ao país.

Durante o encontro, diversos assuntos foram aflorados. Foi conferido destaque ao processo de transição para a Economia Azul do país, no qual a FAO tem desempenhado um papel fundamental. De facto, a adoção do conceito de economia azul como mecanismo de desenvolvimento económico foi uma decisão do XVI Governo Constitucional de São Tomé e Príncipe que possibilitou a assistência da Organização neste domínio.

Tendo o governo definido as suas prioridades, o Ministro das Finanças, do Comércio e da Economia Azul solicitou assistência técnica e financeira da FAO e do Banco Africano de Desenvolvimento para a definição de uma estratégia transição para a economia azul, incluindo os ajustes institucionais necessários para considerar a sua implementação, bem como o desenvolvimento de um plano de investimentos num programa de apoio prioritário.

As ilhas de São Tomé e Príncipe possuem uma superfície marítima aproximadamente 160 vezes superior à sua superfície terrestre. Consequentemente, a adequada exploração do mar constitui uma oportunidade ímpar para o desenvolvimento nacional. No entanto, ao observamos a sua contribuição relativa para a criação da riqueza nacional através do Produto Interno Bruto (PIB), notamos que em 2016 foi de apenas 7,2%. Com efeito, segundo os dados atuais disponíveis da Direção das Pescas, o país tem uma capacidade de captura de pescado que ronda cerca de 29 mil toneladas por ano. Caso fosse possível explorar até 60% desta capacidade, sempre de forma sustentável, a contribuição deste sector na criação da riqueza nacional aumentaria de forma exponencial.

O empenho do país da transição para a economia azul ficou patente e Hélder Muteia, representando a FAO, assegurou que a Organização pretende continuar a apoiar o país neste objetivo.