FAO em São Tomé e Príncipe

Economia Azul, pescas e aquacultura discutidas com o ministro da agricultura

Ministro da Agricultura com a missão da FAO em São Tomé © FAO/ Denilson Costa

14/03/2019

14 de março de 2019, São Tomé – De 10 a 17 de março estará em São Tomé e Príncipe uma missão composta pelo responsável pelo setor das pescas e aquacultura, Lionel Kinadjian, e um especialista da FAO em processos de transição para a Economia Azul de diversos países africanos, Joseph Catanzano. No dia de hoje a missão foi recebida em audiência pelo Ministro da Agricultura, Pesca e Desenvolvimento Rural, Francisco dos Ramos.

Durante o encontro, as partes trataram questões referentes à transição estratégica de São Tomé e Príncipe para a Economia Azul, processo que a FAO tem vindo a apoiar o governo através do Ministério do Planeamento, Finanças e Economia Azul. Sendo a economia azul um modelo económico que engloba a intervenção em vários sectores, sobretudo na pesca, também o projecto de “melhoria da comercialização dos produtos haliêuticos no mercado de São Tomé” foi abordado.

O ministro agradeceu a solicitação do encontro e exaltou a pertinência de transição económica para um modelo que “reconheça o mar enquanto uma fonte de riqueza e proporcione o crescimento económico do país”. De facto, São Tomé e Príncipe possui uma superfície marítima 160 vezes maior que a superfície terrestre. Contudo, e como reconhece o ministro, é necessário “assumir a rédea e fazer bom uso dos recursos que temos”. Além de reconhecer que essa fonte de riqueza poderá ser aproveitada através da pesca, um setor que em que o país ainda revela “fraca capacidade de monitorização”, Francisco Ramos mostrou-se entusiasmado pelas oportunidades de aquacultura ainda a explorar.

Sobre as eventuais formas de melhor monitorizar a Zona Económica Exclusiva, Lionel Kinadjian partilhou com o ministro os trabalhos desenvolvidos pela FAO no país relativos à capacitação dos técnicos do setor das pescas e autoridades nacionais sobre as Medidas de Estado do porto, as quais constituem um meio poderoso e com uma boa relação custo-eficácia para prevenir, impedir e eliminar a pesca ilegal, não declarada e não regulamentada.

Relativamente à exploração de aquacultura continental, Lionel Kinadjian mencionou o sucesso de iniciativas desse género noutros países africanos nos quais teve a oportunidade de as desenvolver, disponibilizando o apoio da FAO ao governo para a possível implementação em São Tomé e Príncipe.