FAO em São Tomé e Príncipe

FAO e Embaixada de Portugal no país abordam possibilidades de sinergia

Hélder Muteia e Luís Gaspar após o encontro © FAO/Denilson Costa

23/05/2019

23 de Maio de 2019, São Tomé – Realizou-se na tarde de hoje um encontro entre o Coordenador Sub-regional da FAO para a África Central e Representante para São Tomé e Príncipe, Hélder Muteia, e o Embaixador da República Democrática Portuguesa em São Tomé e Príncipe, Luís Gaspar. Estiveram também presentes no encontro o Assistente ao Representante da FAO, Argentino dos Santos e a Assistente do Programa, Bárbara Campos, da parte da Embaixada, o Adido de Cooperação, António Machado. Este encontro teve como objetivo abordar as possíveis áreas de cooperação e sinergia entre a Organização e a Cooperação Portuguesa em São Tomé e Príncipe.

Ao longo do encontro, construtivo e caloroso, várias ideias sobre oportundidades de sinergias entre as entidades surgiram. Entre elas, o desenvolvimento de uma iniciativa no campo da vulgarização da energia biogás nas comunidades próximas do Parque Natural Obô. Esta é uma ideia já implementada no país pela Ecovisão com apoio da Direção-Geral do Ambiente e financiado pelo Fundo Português de Carbono.

Sendo este um domínio de interesse da Cooperação Portuguesa, a FAO já realizou visitas de terreno aos locais de implementação do projeto e comprometeu-se a entregar o relatório das mesmas. Luís Gaspar afirmou “interessa-nos muito conhecer esse relatório e poder entender melhor as possibilidades que podem existir, e se justificam ou não a continuidade deste projeto”. Neste caso, com acompanhamento da FAO.

Outra área de cooperação abordada foi o empreendedorismo, sobretudo das mulheres. Neste âmbito, a FAO partilhou as várias experiências desenvolvidas em São Tomé, particularmente na transformação de produtos locais com vista a que este processo prolongue a vida dos produtos locais mais rapidamente pericíveis, como as frutas. Entre eles encontram-se compotas, biscoitos, chips, pastas, frutos secos, farinhas locais e chás. Para os transformar devidamente, e de acordo com as regras de higiene apropriadas, já várias mulheres nas comunidades rurais do país receberam formações. Estes produtos de fácil confeção e grande potencial sobre a redução das perdas pós-colheita e valorização dos produtos locais, apresentam também uma grande pontecialidade sobre o aumento dos rendimentos de quem os transforma e vende.

Todas as hipóteses discutidas, e em especial as duas mencionadas neste artigo, foram bem recebidas pelo Representante da Organização, não descartando a possibilidade de virem a constituir domínios de sinergia.