FAO em São Tomé e Príncipe

FAO reafirma continuidade de apoio ao país no domínio da alimentação escolar

Encontro entre a equipa da FAO e do Ministra da Educação e Ensino Superior © FAO/ Denilson Costa

23/05/2019

23 de Maio de 2019, São Tomé – A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) mostra-se disponível para manter o apoio ao Programa Nacional de Alimentação e Saúde escolar (PNASE), através do Ministério da Educação e Ensino Superior. A possibilidade de continuar a apostar numa componente do programa em que as crianças seriam as produtoras dos próprios alimentos, dentro do plano curricular e através de aulas práticas nos hortas escolares, foi abordada com especial veemência no dia de hoje. O momento propício a esta discussão surgiu hoje no encontro realizado entre a Ministra da Educação e Ensino Superior, Julieta Rodrigues e o Coordenador Sub-regional da FAO para a África Central e Representante para São Tomé e Príncipe e Gabão, Hélder Muteia.  

A horta na escola é uma experiência-piloto de educação para a sustentabilidade, visando incentivar o interesse dos alunos pela alimentação saudável e consumo sustentável. A presença de uma horta na escola amplia o espaço de aprendizagem que deve ser trabalhado de forma interdisciplinar, tornando-se fundamental para a formação de cidadãos conscientes e críticos com relação aos problemas ambientais, proporcionando-lhes aprendizagem num ambiente de reflexão e descontração.

Em 2015, a Escola Básica de Desejada foi uma das beneficiadas do projeto “Fortalecimento dos Programas de Alimentação Escolar em África”, o resultado de uma parceria entre o Governo do Brasil e o Escritório Reginal da FAO para África (RAF). Na horta escolar, e ao mesmo tempo em que os alunos aprendiam matemática, biologia, nutrição, português, francês, educação física, entre outras disciplinas, aumentavam também os seus conhecimentos sobre o processo produtivo dos alimentos. Por sua vez, as produções acompanhadas cautelosamente pelos responsáveis da escola renderam alimentos ricos e frescos utilizados na cantina local.

Referindo-se a este projeto, Hélder Muteia mencionou: “Vimos que o ideal seria termos um programa que não apenas garante disponibilidade de refeições quentes para as crianças, mas também que possa permitir que elas próprias possam trabalhar na produção, e assim, darem aulas de biologia e aulas de produção, no sentido de preparar esta e a nova geração para o futuro, e ao mesmo tempo, garantirmos que esta parceria entre o Ministério de Educação e a FAO continue a consolidar-se com vista a lograr-mos uma boa alimentação nos diversos estabelecimentos de ensino do país”. Como o mesmo realçou, “o Programa de Alimentação Escolar é de basilar importância pois assegura a permanência das crianças nas escolas, sobretudo das crianças cujas famílias não têm condições de lhes dar uma alimentação condigna. Quando na escola têm este incentivo, o estímulo para progredirem nos seus estudos é muito maior, porque têm pelo menos a condição alimentar garantida enquanto estão na escola”.

Ceinte dos impactos positivos que o projeto da FAO teve na alimentação escolar das crianças são-tomenses e consciente da importância do PNASE,
o Coordenador Sub-regional de FAO para África Central garantiu a continuidade da assistência da Organização para o referido programa e mostrou-se disponível em apoiar iniciativas que concorram para o cumprimento dos objetivos da FAO no mundo, e em especial para o desafio Fome Zero.