FAO em São Tomé e Príncipe

São Tomé e Príncipe mobiliza cerca de 2,4 milhões de USD para o setor agro-alimentar

Jorge Bom Jesus © FAO/Denilson Costa

20/06/2019

20 de Junho de 2019, São Tomé – Na tarde de ontem, o Primeiro-ministro da República Democrática de São Tomé e Príncipe, Jorge Bom Jesus, regressou ao país da missão efetuada à capital italiana. Vindo de Roma, onde realizou a visita governamental, o mesmo considerou a missão efetuada como positiva, tendo partilhado com a comunicação social algumas das conquitas logradas.

À chegada ao Aeroporto Internacional de São Tomé, o chefe do governo assegurou à imprensa que durante a sua visita a Roma conseguiu mobilizar cerca de 2 milhões de dólares americanos junto de dois parceiros de desenvolvimento do país – a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e Programa Mundial de Alimentos (PAM). Deste montante total, Jorge Bom Jesus garantiu 1 milhão para o bem-estar das crianças e dos agricultores.

Em declaração à comunicação social, afirmou que “Esta é mais uma missão bem-sucedida, em que fomos a Itália advogar a favor das nossas crianças e agricultores. De facto, conseguimos. Estas viagens inscrevem-se na perspetiva de diplomacia económica. Temos que ir à busca de financiamento. Temos que mobilizar os parceiros e mobilizar os fundos que São Tomé não tem disponíveis. Com esta visita conseguimos fazer face a este desafio no quadro da Alimentação Escolar para os próximos cinco anos”. Durante esta declaração, Jorge Bom Jesus referia-se à mobilização de recursos junto do PAM.

Segundo o Primeiro-ministro, para além do PAM, durante a sua estadia em Roma houve também espaço a um encontro com a FAO. Segundo o mesmo, a Organização garantiu a São Tomé e Príncipe o apoio de 400 mil dólares para a criação do Centro de Excelência de Agricultura Familiar para a CPLP. Como o próprio mencionou, “foi uma viagem bem conseguida. Precisamos otimizar e maximizar cada dólar que nos doaram no sentido de transformarmos as fraquezas de hoje em forças de amanhã. Temos que vencer este subdesenvolvimento”. 

Jorge Bom Jesus aproveitou a entrevista à comunicação social para fazer um apelo aos membros do governo: “nós precisamos de orgulho nacional, no sentido de trabalharmos mais, organizarmos e produzirmos mais e melhor, para convencermos os parceiros, para que de facto saíamos deste marasmo em que nos encontramos”. Acrescentou ainda que “o Governo pretende transformar São Tomé e Príncipe num país de referência ao nível da África Central, dos Países Africanos de Língua Portuguesa com os quais temos relações, e junto da CPLP. Tudo isto para que estes países sejam de facto uma plataforma, um laboratório e uma escola para muita coisa, e inclusivamente para a paz e estabilidade”.

De realçar que, no âmbito deste financiamento disponibilizado pela FAO e pelo PAM, o Primeiro-ministro são-tomense assegurou que, a partir do próximo ano, tudo está garantido para o reinício das refeições quentes para as crianças nos diferentes estabelecimentos de ensino público de São Tomé e Príncipe.