FAO e a Comissão da União Africana promovem reflexão entre os Ministros da Agricultura da África sobre o impacto do Covid-19.
16/04/2020
16 de abril de 2020, São Tomé – O mundo debate-se atualmete com a Covid-19, que tem colocado forte pressão nos sistemas de saúde um pouco por todo o lado e obrigado os países a adotarem medidas para mitigar o impacto da pandemia nas suas populações.
Os países africanos também não fugiram à regra e adotaram medidas que visam atenuar o impacto da Covid-19 nas suas economias e sobretudo nas suas populações.
A Visão Geral Regional de Segurança e Nutrição Alimentar na África 2019 relatou que 256 milhões de africanos, ou 20% da população, estão desnutridos. Destes, 239 milhões estão na África Subsaariana. De acordo com o Sistema Global de Informações e Aviso Prévio da FAO, 34 dos 44 países que atualmente precisam de ajuda alimentar externa estão na África.
Mas o números acima referidos, demostram a vulnerabilidade do continente bem como a necessidade de se tomar medidas urgentes que impeçam o surgimento de uma crise alimentar.
Neste sentido, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e a Comissão da União Africana (AUC), promoveram uma relfexão entre os Ministros da Agricultura dos países africanos membros da FAO e da União Africana.
Uma vez que a disseminação contínua na África do COVID-19 obrigou muitos países a tomar medidas para controlar a propagação da doença através de bloqueio ou confinamento, total ou parcial de países ou cidades, fechamento de fronteiras e outros meios para restringir a liberdade de movimento das pessoas. Essas medidas, embora essenciais para conter a pandemia, podem ter impactos indesejáveis na situação do desenvolvimento agrícola e da segurança alimentar, particularmente entre as populações vulneráveis nesses países.
A referida reflexão teve como objetivo considerar as implicações em segurança alimentar e nutrição da COVID-19, bem como as medidas adotadas pelos países para conter a doença.
São Tomé e Príncipe, como membro da FAO e da União Africana, também participou neste debate, através do Ministro da Agricultura, Pescas e desenvolvimento Rural.
A reflexão realizou-se através de uma vídeoconferência via skype.