FAO em São Tomé e Príncipe

A importância de garantir a segurança alimentar em África no contexto da Covid-19

Cultivo de tomate © FAO/Ody Mpouo

08/05/2020

08 de maio de 2020, São Tomé – Como sabemos, a Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO), é uma agência especializada das Nações Unidas que lidera os esforços internacionais para erradicar a fome no mundo e que tem como objectivos, alcançar a segurança alimentar para todos e garantir o acesso regular aos alimentos de boa qualidade suficientes para que as pessoas possam ter uma vida activa e saudável. 

Devido os efeitos da pandemia da Covid-19, o acesso das populações aos alimentos e aos serviços básicos, têm sido condicionados, uma vez que as cadeias de suprimento de alimentos também foram perturbadas. E o continente africano não fugiu a regra.

Neste sentido, o director-geral da FAO, QU Dongyu, durante a primeira reunião da Força-Tarefa sobre o impacto da Covid-19 sobre a Segurança Alimentar e Nutricional em África, disse que é preciso garantir que as pessoas tenham acesso a alimentos, mantendo as fronteiras abertas ao comércio, sendo que isto é fundamental durante este período da Covid-19 para que se possa  alcançar os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável.

Essa Força-Tarefa também terá a missão de fornecer o apoio coordenado a qualquer novo “hot spot” de segurança alimentar resultante da Covid-19, com ênfase nos países que enfrentam múltiplas ameaças.

O Director Geral da FAO também destacou a necessidade de se apoiar os países mais vulneráveis da África, incluindo os Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (SIDS) e a necessidade de fazê-lo através da inovação em toda a cadeia de suprimento de alimentos, incluindo a adopção de tecnologias da agricultura digital.

São Tomé e Príncipe, sendo um pequeno estado insular em desenvolvimento e altamente dependente da importação de alimentos para alimentar a sua população, verá com bons olhos, essa iniciativa.

No entanto, o país já adoptou algumas medidas para mitigar os efeitos da crise na segurança alimentar. Essas medidas passam por uma massificação da produção agrícola visando a soberania e a auto-suficiência alimentar para que haja fome zero em São Tomé e Príncipe no contexto Covid-19 e a longo prazo e que contará com todo o apoio da FAO.