FAO em São Tomé e Príncipe

Estudo do sector dos produtos do mar em São Tomé e Príncipe Identificação e Caracterização dos Agentes: Associação de pescadores e palaiês e Comerciantes grossistas

© FAO/Maribel Djole

02/06/2020

02 de junho de 2020, São Tomé – Os dados sobre o emprego na pesca e na piscicultura são colectados anualmente e regularmente desde 1970. Em 1990, o questionário para informar sobre o emprego na pesca foi modificado de modo a alinhá-lo com as subdivisões da OIT Classificação Padrão Internacional de Ocupações ( ISCO-88), que também fornecem relatórios de emprego na aquicultura e colectam estatísticas de emprego por género, conforme recomendado pela Comissão Estatística das Nações Unidas.

Em São Tomé e Príncipe (STP), dada a importância do sector da pesca na economia do país, um estudo foi realizado no quadro do apoio do Programa de Cooperação Técnica da FAO – Melhoria da comercialização dos produtos haliêuticos em STP.

Durante o estudo, foi possível  identificar sete agentes do sector das pescas locais, onde seis são nacionais e um estrangeiro.

No artigo de hoje, iremos caracterizar os dois últimos agentes, que são as Associações de pescadores e de palaiês e os Comerciantes grossistas respectivamente.

Associações de pescadores e de palaiês

O papel destas associações como agente do sector é definido pela sua qualidade de intermediários na implementação do programa PNASE. Este programa contribui para a alimentação em meio escolar, entregando peixe às escolas.

O programa não negoceia individualmente com os pescadores e palaiês. Dirige-se às associações a quem entregam o peixe. O programa compra o peixe ao preço de 70,00 dobras por quilo com boas condições de higiene e de qualidade (meios de conservação e de transportes adequados). Trata-se principalmente de peixe fresco.

 Em 2015, as associações dos 6 distritos de São Tomé abrangidas pelo PNASE, entregaram quantidades anuais estimadas em 2,8 toneladas de peixe.

Comerciantes grossistas

Os comerciantes grossistas são encarregues da comercialização do peixe transformado (salgado, seco e fumado) para o interior do país. Estão geralmente em contacto telefónico com as palaiês e os pescadores e convêm com eles as modalidades de entrega (data de entrega, quantidade a entregar). Geralmente, recuperam no mercado grossista, o produto de manhã cedo e encarregam-se de comercializá-lo nas localidades do interior.

De relembrar que este artigo é baseado num estudo  efectuado em 2017 sobre a “Melhoria da comercialização dos produtos haliêuticos em STP”, o referido estudo foi publicado em 2019.