FAO em São Tomé e Príncipe

Estudo do sector dos produtos do mar em São Tomé e Príncipe - Identificação dos Subsectores

© FAO/Maribel Djole

09/06/2020

09 de junho de 2020, São Tomé –  O último Relatório Estado da Pesca e Aquicultura, Sofia, lançado esta segunda-feira, em Roma, revelou que a produção total de peixes pode aumentar 15% para 204 milhões de toneladas, na próxima década.

O documento elaborado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura-FAO, informa que a média de consumo per capita será de 21,5 kg até 2030, um quilo a mais que a quantidade atual.

Em tempos da pandemia da Covid-19, o setor pesqueiro cai 6,5% mas consumo tende a aumentar, revelou o relatório.

Dada a importância do sector da pesca na economia de São Tomé e Príncipe (STP), um estudo foi realizado no quadro do apoio do Programa de Cooperação Técnica da FAO – Melhoria da comercialização dos produtos haliêuticos em STP.

No referido estudo, foram analisados vários aspectos referentes ao setor da pesca em STP, no presente artigo, se abordaremos a temática da “identificação dos subsectores” e os mercados e circuítos de venda

Identificação dos Subsectores e os mercados e circuítos de venda

O subsector é constituído por uma cadeia de agentes conectados entre eles por fluxos de produtos que transitam do produtor para o Agente receptor (transformador ou não), seguidamente para o agente vendendor ao consumidor final (instituições ou consumidor final individual).

Numa representação gráfica feita em 2015, identificou-se 11 subsectores no sector da pesca em STP.

- 9 subsectores alimentados pela pesca artesanal. Dentre eles, 5 referem-se ao peixe fresco e 4 ao peixe transformado.

- 2 subsectores alimentados pela pesca semi-industrial. Estes dois subsectores referem-se exclusivamente ao peixe fresco.

Os principais mercados e circuítos de venda dos produtos haliêuticos são: i) os mercados urbanos e rurais caracterizado pela venda aos consumidores (famílias, donos de restaurante). Estes mercados absorvem o essencial das capturas nacionais vendidas no modo fresco ou transformado; ii) o mercado hotel que absorve cerca de 2% da captura nacional, mas segue uma tendência crescente paralela ao turismo , segundo o parecer dos profissionais deste sector encontrados; iii) os supermercados e ONG (Quá Tela, Copafresco/MARAPA): Os productos comercializados são as vezes elaborados (venda de peixe nos supermercados) e transformados (venda de peixe salgado, seco).

As melhorias introduzidas são sobre a higiene e a salubridade dos produtos bem como a embalagem. A clientela é constituída geralmente pelas classes médias e abastadas da população, a diáspora que vem ao país e compra produtos da terra-mãe quando regressam ao estrangeiro. Os hotéis, os supermercados assim como as ONG permitem pôr no mercado, produtos de alto valor acrescentado e participam, desta forma, na melhoria da cadeia de valor.