© FAO/Ody Mpouo

08/09/2020

No início da epidemia de covid-19, a demanda aumentou acentuadamente.

A produção e a demanda variam de um produto básico para outro. Para os cereais, por exemplo, as primeiras previsões da FAO para a safra 2020-2021 mostram uma situação confortável em termos de oferta e demanda, apesar das incertezas associadas à pandemia.

A produção global de carne, por outro lado, deverá cair 1,7 por cento em 2020 devido a doenças animais, interrupções de mercado decorrentes do covid-19 e os efeitos persistentes das secas.

Ao longo do ano, a pandemia covid-19 continuará a ter um impacto severo nos mercados de produtos do mar, especialmente produtos frescos e espécies populares de serviços alimentícios. Do lado da oferta, as frotas pesqueiras estão paralisadas e os aquicultores reduziram significativamente suas metas de estocagem.

Em particular, espera-se que a pandemia atinja fortemente a produção global de camarão e salmão. Na Índia, por exemplo, a produção de camarão cultivado deve cair de 30 a 40%.

Além disso, a demanda global por camarão fresco e congelado diminuiu acentuadamente, e a demanda por salmão deve diminuir em pelo menos 15% em 2020. As vendas no varejo, especialmente de salmão fresco e truta fresca, estão passando por um declínio acentuado e nenhuma recuperação é esperada no futuro próximo.

Globalmente, os mercados de alimentos ainda enfrentarão muitos meses de incerteza no contexto do covid-19. No entanto, é provável que o setor agroalimentar se mostre mais resistente do que outros em face da crise causada pela pandemia.

A longo prazo, de acordo com o Panorama da Agricultura da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a FAO 2020-2029 (julho de 2020), os efeitos da pandemia deverão pesar ainda mais sobre a demanda nos próximos anos e poderia prejudicar ainda mais a segurança alimentar.

Versão portuguesa da notícia original presente no seguinte link: http://www.fao.org/2019-ncov/q-and-a/impact-on-food-and-agriculture/fr/