© FAO/Ody Mpouo

15/09/2020

Em julho (última análise), os preços mundiais dos alimentos continuaram subindo pelo segundo mês consecutivo, impulsionados pela alta nos preços de óleos vegetais e laticínios. Já os preços da carne e do arroz caíram.

Nos mercados locais, especialmente em países que já estão passando fome ou outras crises, os preços de alguns alimentos básicos estão subindo, principalmente devido a problemas logísticos locais ou dificuldades de importação.

No Afeganistão, por exemplo, os preços dos alimentos aumentaram 20% (estimativas de junho). No Iêmen, um aumento de 35% nos preços dos alimentos desde abril foi registrado em algumas áreas. Em Serra Leoa, os preços dos principais alimentos básicos já estão bem acima da média de longo prazo. Na Síria, preços elevados (de 40 a 50 por cento para alimentos básicos) e escassez de produtos essenciais foram relatados desde meados de março.

A FAO está preocupada com as consequências da pandemia a médio e longo prazo. Com a desaceleração em todas as economias do mundo, e especialmente as mais vulneráveis, será difícil para os países, especialmente aqueles que dependem da importação de alimentos, ter recursos para comprar alimentos - dado que a taxa de desemprego aumentou e os efeitos econômicos do covid-19 serão mais sentidos.

Versão portuguesa da notícia original presente no seguinte link: http://www.fao.org/2019-ncov/q-and-a/impact-on-food-and-agriculture/fr/