Projeto TRI prepara formação no domínio de Fiscalização Florestal aos atores de restauração florestal e paisagística
06/09/2021
06 de setembro de 2021, São Tomé – No quadro do projeto "Restauração Paisagística para a funcionalidade dos ecossistemas e mitigação das mudanças climáticas na República de São Tomé e Príncipe", está agendada a formação no domínio de Fiscalização Florestal aos atores de restauração florestal e paisagística.
A degradação das florestas, terras agrícolas e o avanço da seca representam um risco real e significativo para as nossas populações, as quais enfrentam essa ameaça com diferentes níveis de intensidade e incidência territorial.
Em algumas partes do país, verifica-se o desaparecimento quase total da cobertura florestal. Nas outras regiões, o efeito conjugado da falta de cobertura vegetal, do relevo e da intensidade das chuvas provoca escoamentos torrenciais e erosão dos solos. Esse escoamento superficial provoca, por sua vez, um défice hídrico, pois a água vai diretamente para o mar. Por consequência, a fraca infiltração da água das chuvas contribui para a diminuição das reservas de águas subterrâneas utilizáveis para a agricultura.
Em São Tomé e Príncipe, grande parte dos solos estão expostos à processos de erosão, com perda rápida de fertilidade e diminuição de recarga dos “aquíferos pouco profundos”, ou a efeitos da salinização.
Com a duração de três dias, a formação terá como objetivo, reforçar a capacidade de intervenção da Direção das Florestas e Biodiversidade no domínio da fiscalização florestal, fornecendo aos agentes fiscalizadores conhecimentos e ferramentas para fiscalizar as florestas de forma mais eficiente.
A referida formação irá beneficiar 20 formandos, sendo 17 de São Tomé e 3 provenientes da Ilha do Príncipe, dos quais, técnicos das Florestas, Guardas Florestais e Agentes da Polícia e das Forças Armadas, e espera-se que:
- 20 técnicos das Florestas, Guardas Florestais e Agentes da Polícia e das Forças Armadas, sendo 17 de São Tomé e 3 provenientes da Ilha do Príncipe, sejam capacitados em matéria de fiscalização florestal e deontologia dos atores;
- Seja criado um modelo de relatório de campo produzido;
E que seja produzido um modelo de programação de visita de fiscalização florestal no terreno produzido.