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07/03/2022

07 de março de 2022, São Tomé – O anfiteatro do Palácio dos Congressos, acolheu a cerimónia de abertura da Semana Nacional da Economia Azul em São Tomé e Príncipe.

 O evento que foi presidido ao mais alto nível pelo Presidente da República, Carlos Vila Nova, resulta de uma parceria entre a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura - FAO, e o Governo Santomense.

No discurso de abertura, o Ministro do Planeamento, Finanças e Economia Azul, Engrácio Graça, agradeceu a FAO e o Coordenador Sub-regional para África Central, pela pronta disponibilidade manifestada no financiamento do estudo, na prestação de toda a assessoria técnica necessária para a sua elaboração que culminou com a restituição às autoridades em 11 de dezembro de 2019, da “Estratégia de Transição de Economia Azul para São Tomé e Príncipe”, cujo conteúdo serve de mote desafiante ao lançamento desta semana nacional, que contou igualmente com o financiamento da FAO, na sua organização.

Segundo Engrácio Graça, a Semana da Economia Azul que teve início, deverá permitir ao engajamento de um maior número de actores económicos e sociais, políticos, e institucionais, e fazer com que os mesmos partilhem os conceitos que regem a economia azul e apropriar-se das questões comuns que o governo terá que abordar para melhorar a economia nacional, bem-estar e a atractividade do país.

O Coordenador Sub-regional da FAO para África Central e Representante para o Gabão e São Tomé e Príncipe, Hélder Muteia, no seu discurso, afirmou ser uma honra participar no referido evento, que considerou de especial reflexão, sobre a economia azul e o seu potencial para contribuir para um futuro de prosperidade para São Tomé e Príncipe.

Hélder Muteia continuou dizendo que nesta reflexão aberta, sobre o potencial da economia azul, no contexto dos desafios de desenvolvimento sustentáveis, no horizonte 2030, deve-se colocar em perspectiva, as experiências acumuladas no contexto da pandemia e demais lições no campo social, económico e ambiental.

O Representante da FAO para o Gabão e São Tomé e Príncipe, reforçou que o compromisso da organização, relativamente à economia azul, é continuar ao lado do Governo de São Tomé e Príncipe e demais parceiros, neste percurso lançado em 2015, de forma aberta, transparente, constante e responsável, com o fim almejado de colocar potencialidades do país ao serviço do povo.

O representante do Banco Africano de Desenvolvimento, Felisberto Mateus, disse que a sua instituição, solidariza-se com o objectivo desta Semana da Economia Azul, que é de sensibilizar a sociedade santomense sobre a importância da economia azul e das mudanças climáticas, à semelhança do que tem feito em outros países africanos.

Ao declarar aberta a Semana da Economia Azul, o Presidente da República Democrática de São Tomé e Príncipe, Carlos Vila Nova, disse que o objectivo desta, marca o compromisso do país em continuar o processo de transição da sua economia tradicional, para a economia azul, afim de harmonizar a protecção dos ecossistemas oceânicos e potenciar o crescimento económico, o desenvolvimento, e a melhoria das condições e meios de subsistência das populações, através da criação de novos empregos, o aumento da riqueza e dos rendimentos, dos jovens e das mulheres envolvidas na valorização dos serviços prestados pelos ecossistemas.

Com esta semana espera-se obter alguns resultados tais como:

• Uma sensibilização nacional de Alto Nível dos atores público-privados e da sociedade civil sobre os desafios da Economia Azul e da Estratégia de Transição;
•  As parcerias e apoios potenciais de parceiros ao financiamento do Plano Nacional de Investimento da Economia Azul e da fase de transição para a capacitação de atores públicos e privados, e melhoria da governança são pré-identificados (pré-engajamento exibido e potencial);
• A comunicação sobre o apoio da FAO à Economia Azul é garantida e o envolvimento das partes interessadas nas intervenções atuais e futuras da FAO em relação à Economia Azul é incentivado.

No referido evento, também estiveram presentes, o Presidente do Tribunal de Contas, o Primeiro-ministro, membros do governo, deputados da Assembleia Nacional, Presidentes das Camaras Distritais, Administradores do Banco Central, directores da função pública, ONG’s e a sociedade civil.