FAO em São Tomé e Príncipe

FAO apresenta o resultado sobre o estudo de viabilidade de cultura de spirulina em STP

© FAO

05/03/2024

05 de março de 2024, São Tomé e Príncipe - O portfólio do escritório da FAO em São Tomé e Príncipe inclui o projeto Abordagem Multissetorial para Promover Boas Práticas Alimentares e Nutricionais nas Escolas e Ambientes Comunitários, cujo objetivo é garantir a segurança alimentar e nutricional das populações vulneráveis ​​em São Tomé e Príncipe, em particular crianças, jovens e mulheres em idade fértil, melhorando as boas práticas alimentares e nutricionais.

Desde o lançamento do projeto em junho de 2022, tem havido uma série de atividades, incluindo o recrutamento de consultores nacionais nas áreas de produção inovadora e cadeias de valor, a assinatura do Acordo de Implementação da componente Nutrição com a ONG HELPO e a antecipação da chegada do encarregado do programa da FAO no Chade para apoio num estudo de viabilidade sobre a produção de espirulina em São Tomé e Príncipe.

Neste sentido e no âmbito do referido Projeto, implementado pelo Ministério da Agricultura em colaboração com a FAO, o especialista contratado, o Eng.º Sorto Mahamat, elaborou um estudo de viabilidade da cultura de spirulina em São Tomé e Príncipe, cujo os resultados foram apresentados de acordo aos dados recolhidos durante a sua missão no País.

A espirulina é uma cianobactéria fotossintética que cresce em água alcalina sob altas temperaturas e pH elevado (8-11). É cultivado hoje em vários países ao redor do mundo, como Chade, EUA, China, Índia, Brasil, Cuba, Japão, França, Bélgica, Suíça, Senegal, Burkina Faso, República Centro-Africana, para citar apenas alguns.

A espirulina é utilizada como suplemento alimentar e é conhecida como um dos produtos de altíssimo valor nutricional. Seu conteúdo proteico está entre 50-70% do peso seco com digestibilidade muito alta (mais de 80%).

Essa quantidade de proteína é o dobro do peixe, frango e/ou carne. Dez (10) gramas de espirulina contêm 18 mg de ferro (100% do valor diário), 14 mg de beta-caroteno (mais de 100% do valor diário), 0,03 mg de vitamina B9 (ácido fólico), etc. A espirulina possui uma grande quantidade de ácido linoléico e ácido linoléico que são os precursores de certas prostaglandinas e que têm certa influência na quantidade de colesterol no sangue.

A FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) promove e recomenda a sua produção e utilização e a China declarou-o um alimento de interesse nacional. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), a espirulina é o “Melhor alimento para a humanidade no século 21”. Para a UNESCO, é o “alimento ideal e mais completo de amanhã”. A maioria das ONG recomenda fortemente a produção e consumo de espirulina. Ela será uma forma eficaz de combater a subnutrição, especialmente nos países em desenvolvimento.

Segundo a apresentação feita, concluiu-se que o país reúne todas as condições para a produção da referida cianobactéria fotossintética (espirulina).