22/05/2017

São Tomé – No âmbito do projeto “ Horticultura Urbana e Periurbana” foi realizado na Mediateca da Cidade de Guadalupe, um ateliê de validação do Plano Estratégico de Desenvolvimento das Cidades Verdes – Distrito de Lobata. O projeto (GCP/SFC/001/MUL), que conta com o apoio da FAO, visou neste ateliê apresentar aos demais convidados um processo participativo que permitiu determinar os eixos de intervenção de um plano de desenvolvimento estratégico da horticultura urbana e periurbana nas localidades abrangidas pelo projeto.

A sessão de abertura foi realizada por Sumner Metzger, coordenador do projeto (GCP/SFC/001/MUL), e Policarpo Freitas, Presidente da Autarquia Local. Durante a sua explanação o presidente ressaltou a importância do projeto para o distrito, uma vez que a população local vive diretamente da agricultura e pesca, necessário se torna a aposta neste projeto como forma de colmatar o desemprego e garantir a melhoria das condições de vida da população, reiterando agradecimentos à FAO pela escolha do distrito de Lobata para a implementação deste projeto.   

Engenheiro Álvaro Vila Nova, consultor nacional do referido projeto, apresentou os quatro eixos estratégicos do mesmo como sendo: Aumento da Produção alimentar e de exportação, Melhoria das Condições de vida da População, Preservação e Gestão Racional dos Recursos Naturais e meio Ambiente e o Reforço das Capacidades Institucionais, das Autarquias e Sociedade Civil.

O aumento constante das populações nos centros urbanos provoca a precariedade nas cidades e localidades, nomeadamente, desemprego, insegurança alimentar e nutricional, degradação ambiental, pobreza e malnutrição. Para fazer face a esses desafios torna-se necessário adotar uma estratégia multissectorial a fim de ajudar as populações em situações de vulnerabilidade. Neste sentido, os demais participantes questionam “como alimentar a população urbana em forte crescimento, atualmente em São Tomé e Príncipe?” É neste contexto que a agricultura urbana, e particularmente Horticultura Urbana e Periurbana, apresenta-se como uma solução para alimentar esses consumidores cada vez mais numerosos. Também serão colocados à disposição destas populações, alimentos em quantidade e qualidade, empregos e geração de renda para a população.

Segundo o Engenheiro Álvaro Vila Nova, os princípios básicos de cidades verdes pode realmente proporcionar o desenvolvimento urbano, garantir a segurança alimentar, o emprego, rendimentos, um ambiente saudável e boa governação para todos os habitantes. Para desenvolver cidades verdes é preciso, antes de tudo, reconhecer e integrar na política urbana soluções inovadoras para fortalecer as comunidades vulneráveis e melhorar suas condições de vida.