FAO em São Tomé e Príncipe

FAO apoia formação sobre actividade pesqueira em São Tomé e Príncipe

Atelier de formação sobre a metodologia de análise de fileiras de pescas em São Tomé e Príncipe (Crédito: Denilson Costa)

21/06/2017

19 junho 2017, São Tomé - Teve início no 19 de Junho do ano em curso, um atelier de formação sobre a metodologia de análise de fileiras de pesca, em São Tomé e Príncipe. Com a duração de 3 dias, o evento foi dirigido à vários actores nacionais do sectopr pesaqueiro, visando melhorar as condições sanitárias do pescado e seus derivados. Isso inclui a conservação, transformação e manipulação do pescado, como forma de garantir uma maior segurança dos alimentos.

Dadas às precárias condições em que o pescado tem sido comercializado no país, foi realizado um inquérito sobre o estado socioeconómico e a cadeia de valor dos produtos de pesca, em várias comunidades piscatórias de São Tomé e Príncipe. Na  qualidade de encarregado da formação, o Sr. Alioune Sy, consultor internacional da FAO, analisou o ciclo do pescado em São Tomé, desde a captura até ao consumidor final.

Constatou que, apesar do importante papel desempenhado pelo sector das pescas na economia de São Tomé e do Príncipe, ainda existe uma série de lacunas que precisam ser preenchidas para que este sector contribua de forma mais significativa e duradoura para o desenvolvimento socioeconómico do país.

O Eng.º João Pessoa, Director das Pescas, fez uma explanação, na qual agradeceu a FAO pela pronta disponibilidade em atender a solicitação do Governo Santomense, fornecendo assistência técnica para a implementação deste projecto no País. Segundo ele,  a pesca esta inscrita no programa do Governo como sector estratégico para a  promoção do crescimento económico do País. Considerou necessário eliminar as barreiras técnicas e sanitárias no manuseamento, conservação, transformação, distribuição e comercialização destes produtos.

Inmaculada Del Pino, em representação do assistente do Representante da FAO, falou das principais acções previstas no âmbito do projecto e da necessidade desta formação, como forma de integrar os actores da cadeia de valor do pescado. Abordou a necessidade de conservação e valorização do pescado, que segundo o estudo feito, tem uma contribuição de  4% no PIB (Produto Interno Bruto) do País.

Segundo o programa do curso, o desenvolvimento de uma estratégia nacional de segurança sanitária e seu plano de acção, reforço das capacidades públicas e privadas nas áreas de qualidade e segurança dos produtos da pesca, são alguns dos pontos que serão ministrados.

As dificuldades de inspecção sanitária, de disponibilidade de infra-estruturas e equipamentos adequados para a conservação e comercialização do pescado, têm provocado riscos à saúde pública, perdas pós-captura e consequências negativas na economia do país.

Com esta iniciativa a FAO pretende ajudar os pequenos produtores e processadores de pecado a melhorarem a sua produtividade, produção e rendimento.